Macroeconomia


Bom dia, Inter! 19/04/2024

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Gabriela Joubert

Publicado 19/abr

Ataque ao Irã nesta madrugada eleva cautela e pressiona mercados.

A semana vai encaminhando para uma queda geral nos mercados em meio a expectativas de juros altos mais tempo nos Estados Unidos. Com um pregão misto no exterior, o Ibovespa fechou praticamente estável, também de olho nas expectativas de juros por aqui, após Campos Neto mencionar incertezas globais e locais acerca do fiscal, que podem conter o ritmo de corte de juros. Sem dados relevantes para hoje, mercados amanhecem preocupados com retaliação do Irã aos ataques (sem maiores danos) ocorridos nesta madrugada em uma cidade próxima à capital, Teerã, que abriga instalações nucleares e fábrica de drones.

Estados Unidos
Mercado americano operou em tom misto com quedas no S&P 500 e Nasdaq e estabilidade no Dow Jones e encaminha a semana para uma queda majoritária em meio a uma semana marcada por conflitos no Oriente Médio e pela abertura da curva de juros com falas de membros do Fed alegando que juros podem ficar altos por mais tempo à medida que os dados econômicos nos EUA mostram uma atividade resiliente, pressionando o CPI, que ainda não trouxe tranquilidade para o Fed iniciar os cortes esperados. A Netflix fechou em queda ontem mesmo com resultado positivo, mas a reação negativa do mercado foi por conta do guidance divulgado para o segundo trimestre que ficou abaixo das expectativas. Sem dados relevantes para hoje, mercado monitora falas de membros do Fed e reuniões do FMI, além da repercussão dos ataques ao Irã.

Mundo
Bolsas asiáticas fecharam em queda com cautela ao cenário geopolítico. Na China, ações de semicondutores puxaram as perdas após a empresa TSMC reduzir expectativas para o crescimento do setor de chips em 2024, alegando demanda mais modesta dos consumidores. No Oriente Médio, os ataques nesta madrugada sem danos à bases nucleares do Irã, estão sendo ligados à Israel, em resposta à ofensiva de drones no fim de semana passado, porém, o Irã já havia avisado que responderia agressivamente a qualquer ataque israelense, o que deixa mercados em alerta. Bolsas na Europa abrem em queda em aversão às tensões geopolíticas. Mesmo com petróleo em alta, ações de petroleiras europeias operavam em baixa. O PPI da Alemanha caiu 2,9% em março, levemente acima do esperado e as vendas no varejo no Reino Unido ficaram estáveis, mas abaixo do esperado de 0,5% em março.

Brasil
Por aqui, Ibovespa chegou a tocar a mínima do ano ao longo do pregão de ontem, fazendo novo suporte técnico, mas encerrou praticamente estável, com Petrobras, Vale e Itaú segurando um pregão, com a maioria das demais ações em queda. Mercado ainda repercute ruídos sobre o fiscal e curva de juros vai reajustando expectativas sobre ritmo de cortes na Selic, além do exterior também pesar contra, com Fed e tensões no Oriente Médio. Com a agenda vazia para hoje, mercado monitora reunião da Petrobras e Prates já avisou que dividendo não deve ser tratado e que também não vê necessidade de reajustes no preço dos combustíveis por agora. Atenção também para falas de Campos Neto em reunião do FMI nos EUA.

bertura
Na abertura, o índice DXY devolveu ganhos da madrugada após notícia dos ataques ao Irã e futuros em Nova Iorque operam em queda com as Treasuries acompanhando o movimento. O Petróleo chegou a subir 3% na madrugada após ataques ao Irã, mas a minimização de danos e com o governo iraniano não indicando que haverá retaliação, pelo menos por ora, a commodity virou para queda.

O que esperar?
Mercados operam com volatilidade repercutindo as tensões no Oriente Médio. Com futuros em Nova York em queda e Petróleo volátil, dólar pode ganhar força e Ibovespa tende a seguir o tom de cautela global.Cadastre-se para receber nossos relatórios: https://interinvest.inter.co/


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