Macroeconomia


Bom dia, Inter! 18/03/2024

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Gabriela Joubert

Publicado 18/mar

Semana de decisões de Bancos Centrais, com direito à Super Quarta

Após uma semana mais morna, mercados lidam com semana importante de decisões de políticas monetárias, com Japão e China na terça-feira e Estados Unidos e Brasil na quarta. Nos EUA, o FOMC deve manter os juros mais uma vez, enquanto aqui o COPOM deve trazer novo corte de 0,5 p.p. na Selic. Apple e Google também ficam no radar, com possível parceria em tecnologia de Inteligência Artificial.

Estados Unidos

Os mercados encerraram a semana em leve queda, enquanto investidores processavam dados macro divulgados e se preparam para os próximos passos do FED. Futuros hoje avançam, em semana de decisão do FOMC, que deve manter novamente os juros. No entanto, mercado estará atento às projeções que serão divulgadas junto do comunicado, em busca de novos sinais quanto à velocidade dos cortes esperados para este ano. No corporativo, notícia de que a Apple poderá utilizar em seus iPhones o Gemini do Google, sua ferramenta de inteligência artificial, movimenta o mercado, podendo trazer novo elemento à corrida da AI.

Mundo

Na Ásia, as bolsas tiveram novo dia de alta, após dados oficiais chineses mostrarem que tanto a produção industrial quanto os investimentos avançaram mais que o esperado em jan/fev, enquanto vendas ao varejo também subiram, em linha com as expectativas. Os números sugerem que a economia começa a ganhar tração, pavimentando o caminho para a meta ambiciosa de 5% para o PIB deste ano. No Japão, a bolsa teve

forte alta, enquanto aumentam-se as apostas de que o BoJ encerre sua política de juros zero na próxima reunião na terça- feira. Na Europa, as bolsas sobem, com investidores monitorando CPI na região, atentos ao processo desinflacionário que pode definir a decisão do BCE para início

de cortes de juros em junho. Mercado também aguarda fala de Lagarde, presidente do BCE, na quinta-feira. 

Brasil

O Ibovespa fechou a semana em queda de 0,23%, pressionado pelos papéis da Vale, que recuaram com a forte correção nos preços do minério de ferro, além das incertezas quanto à interferência política no comando da companhia. Para esta semana, depois do IPCA na semana passada, o foco fica para a Super-Quarta e decisão do COPOM, onde devemos ver novo corte de 0,5 p.p., levando a Selic a 10,75%. No campo político, Lula se reúne em caráter emergencial com seus ministros para traçar plano de resgate à popularidade do seu governo e mercado olha risco fiscal.

Abertura

Na abertura, o índice DXY está estável, enquanto juros das Treasuries estão de lado e futuros em Wall Street sobem. Petróleo avança, em meio a conversas de cessar fogo no Oriente Médio e expectativa de melhor demanda. Minério de ferro já acumula queda de 14% no mês, pressionado pela crise imobiliária na China.

O que esperar?

O ritmo positivo no exterior pode ajudar o índice local, mas mercado ainda deve operar mais timidamente, no aguardo das decisões de juros. Petrobras e Vale devem seguir movimentando o índice, além da agenda política e manifestações do governo sobre as empresas e as contas públicas.


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