Macroeconomia


Bom dia, Inter! 17/05/2024

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Gabriela Joubert

Publicado 17/mai

Novos estímulos no setor imobiliário chinês e Fed se mantém cauteloso.

O Ibovespa destoou do exterior, mas desta vez no campo positivo, enquanto lá fora mercados caíam reagindo a falas cautelosas de dirigentes do Fed que inferiram em juros altos por mais tempo. Por aqui, a alta do minério de ferro contribuiu para Vale e siderúrgicas sustentarem o índice, já que a Petrobras continuou pressionando para baixo com a saída de Prates. A agenda desta sexta-feira está mais vazia e mercado global repercute medidas mais robustas na China para estimular o mercado imobiliário e no ocidente, mercado acompanha mais falas de dirigentes do Fed. Por aqui, divulgação da PNAD contínua do IBGE e falas de Campos Neto ficam no radar.

*Estados Unidos*
Bolsas em Wall Street fecharam em queda após falas de dirigentes do Fed reforçarem um tom mais cauteloso e juros mais alto por mais tempo. A produção industrial divulgada ontem ficou estável, enquanto mercado esperava alta de 0,2%. No cenário corporativo, a varejista Wallmart foi destaque ontem com os papéis subindo 7% após balanço acima do esperado. Já a GameStop continuou recuando e caiu 30% com a euforia sobre os papéis se exaurindo. Hoje a agenda está vazia e mercado acompanha mais falas de dirigentes do Fed.

*Mundo*
Mercados asiáticos tiveram ganhos após o governo chinês anunciar novos estímulos para o setor imobiliário, que incluíram flexibilização das regras hipotecárias e redução da entrada mínima para a compra de residências, além de governos locais serem instruídos a comprar casas não vendidas e propriedades ociosas de incorporadoras para aliviar a situação financeira das empresas. Antes do anúncio, as vendas de novas moradias na China caíram 31,1% entre janeiro e abril, e o preço médio das novas residências também diminuiu significativamente em abril. Mercado europeu abre em queda e investidores digerem o CPI de abril, que ficou estável, em linha com o esperado. Expectativas para um corte de juros em junho se renovaram e são esperados mais dois em setembro e dezembro.

*Brasil*
Por aqui, o Ibovespa avançou na contramão do exterior com ajuda da Vale e siderúrgicas acompanhando a alta do minério de ferro, além de bancos e frigoríficos contribuindo positivamente. Apesar disso, papéis da Petrobras seguiram em queda repercutindo a saída de Prates do comando da petroleira. Após o anúncio da compra da AES Brasil pela Auren, os papéis da compradora caíram cerca de 2% no pregão de ontem com a AES subindo 14%. A interpretação do mercado foi de que a combinação será positiva, trazendo sinergias operacionais e ganhos tributários para a Auren, mas também trará aumento do custo da dívida incorporando a AES Brasil. No front da ajuda ao Rio Grande do Sul, o governo anunciou R$480 milhões em emendas “pix” para o Estado e na política, Rodrigo Pacheco alegou que já existe acordo para desoneração da folha em 17 setores econômicos, que será levado ao STF. Para hoje, o IBGE divulga a PNAD contínua e mercado fica de olho em falas de Campos Neto em conferência do Banco Central.

*Abertura*
Na abertura, o índice DXY opera em alta e os juros das Treasuries acompanham, já os futuros em Nova York beiram a estabilidade após falas de dirigentes do Fed ontem indicando juros altos por mais tempo. O Petróleo ampliou ganhos dos últimos dois dias após a China reportar dados da produção industrial melhores que o esperado. O Minério de ferro sobe após anúncio de estímulos na China.

*O que esperar*
Com as bolsas lá fora operando mistas com agenda esvaziada e de olho nas falas de dirigentes do Fed, não há uma direção definida. Mas por aqui, o minério de ferro em alta puxado pelos estímulos anunciados pela China ao setor imobiliário pode contribuir para Vale por aqui e trazer maior otimismo pra bolsa local, com cautela ao petróleo e noticiário de Petrobras.


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