Macroeconomia


Bom dia, Inter! – 17/04/24

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Gabriela Joubert

Publicado 17/abr

Inflação preocupa o FED e aqui o fiscal segue no radar

A fala de Powell confirmando a preocupação com o comportamento da inflação recente elevou as tensões do mercado sobre o início de cortes de juros nos Estados Unidos. Com isso, as bolsas globais recuaram e os juros voltaram a subir. No Brasil, fiscal também ficou no radar dos investidores, mas hoje mercado olha dados da Vale, enquanto aguarda mais informações dos mercados globais. Bolsas trazem tom mais positivo nesta manhã

*Estados Unidos:*
Os índices norte-americanos encerraram a última sessão em queda, novamente pressionados pela maior aversão ao risco que ganhou força após falas de Powell de que a inflação voltou a preocupar, demandando uma avaliação melhor sobre a necessidade de juros mais altos por mais tempo. Outros membros do FED também carregaram o mesmo tom de preocupação. Os juros das Treasuries voltaram a subir, chegando ao patamar de novembro de 2023. Nos dados macro, alguns dados de Real Estate decepcionaram, enquanto produção industrial veio em linha. Hoje, futuros ensaiam alta, com juros das Treasuries dando um respiro ao mercado. Na agenda, Livro Bege e mais falas de dirigentes do FED.

*Mundo:*
Na Ásia, o desempenho dos índices foi misto. Na China, as bolsas subiram, seguindo a melhora do humor local, com notícias sobre o cancelamento da listagem de algumas das chamadas “empresas zumbis” nas bolsas. O FMI confirmou sua expectativa de crescimento do PIB chinês para este ano em 4,6%, reforçando novamente a preocupação com o setor imobiliário. No Japão, o sentimento econômico recuou novamente e as exportações avançaram, mas importações caíram, com consumo interno ainda limitado. Na Europa, as bolsas sobem nesta manhã, mas prevalece o sentimento de cautela ante as expectativas com juros nos Estados Unidos. Mercado no Velho Continente olha dados de inflação local, após CPI no Reino Unido ter vindo abaixo do esperado e reforçar as apostas de cortes de juros em breve. Região monitora também os conflitos no Oriente Médio e países preparam, junto com Estados Unidos, sanções contra o Irã.

*Brasil:*
A maior aversão ao risco nos mercados externos também pesou no Ibovespa que encerrou em queda de 0,75% ontem, com o dólar fechando em R$ 5,27. Localmente, os investidores também reagiram à piora no que tange o fiscal, após a decisão do governo de não apresentar superavit fiscal em 2025. Hoje, mercado monitora cenário internacional, com mais falas de membros do FED, mas também digere dados da Vale e a alta do minério de ferro, que impulsiona mineradoras globais. No campo político, a votação quanto ao rumo do Perse ficou para a semana que vem e mercado monitora Haddad e Campos Neto em evento do FMI em Washington hoje. Investidores locais também recebem o IBC-BR hoje, com previsão de crescimento de 0,3% em fevereiro.

*Abertura:*
Na abertura, o índice DXY opera estável, enquanto em Wall Street os futuros abrem em leve alta, em meio ao alívio nos juros das Treasuries, que recuam nesta manhã. Petróleo cai, mas mercado segue atento aos conflitos no Oriente Médio, e na China minério de ferro sobe quase 5%, com esperanças de melhor demanda local.

*O que esperar?*
O alívio momentâneo nos mercados internacionais pode contribuir para uma recuperação do Ibovespa que também deve ter ajuda positiva da Vale, após dados de produção ontem, e com a forte alta do minério de ferro hoje. Petrobras pode pesar negativamente, seguindo a queda do petróleo.
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