FED e China surpreendem, mas e agora?
FED e China surpreendem, mas e agora?
O Ibovespa encerrou o último pregão com avanço de 2% retomando movimento de alta. O índice foi puxado por empresas voltadas para economia doméstica, além de Petrobras que subiu 4,3% e papéis da Vale que fecharam no positivo com valorização do minério de ferro seguindo expectativas de maiores estímulos na China. Bancos recuperaram no final da sessão ajudando a puxar a bolsa que também acelerou com elevação da perspectiva de nota soberana do Brasil pela agência S&P. Em Wall Street, as bolsas encerraram mistas após o Federal Reserve optar pela pausa do aperto monetário como esperado pelo mercado. Jerome Powell deixou claro que não se trata de uma pausa definitiva, sinalizando duas possíveis novas altas ainda nesse ano. O dólar fechou o dia em queda de 1,15%, enquanto o índice dólar (DXY) recuou 0,32%. Para hoje, na agenda doméstica teremos Volume de serviços, enquanto lá fora, foco dos investidores se volta para decisão de juros do BCE na Zona do Euro, além de Vendas no varejo e Produção Industrial nos EUA.
Estados Unidos
Apesar de ter mantido a taxa de juros inalterada, o FED surpreendeu ao trazer um tom mais hawkish, sinalizando mais duas altas até o fim do ano e contribuiu para elevar as incertezas. Mercado aumentou as apostas de +25bps na reunião de julho, com FED encerrando o ciclo depois disso. Powell ressaltou a preocupação com a inflação no país ainda longe da meta e a resiliência da economia norte-americana. Hoje, futuros indicam dia de baixa, enquanto agentes monitoram dados de indústria e varejo.
Europa e Ásia
Bolsas na Ásia tiveram dia de alta, após o PBoC anunciar mais cortes nos juros de médio prazo visando dar impulso à economia, principalmente depois de produção industrial e vendas ao varejo terem vindo abaixo do esperado no país. Novos estímulos são aguardados. Na Europa, bolsas recuam levemente após FED e com dados mais fracos na China e enquanto aguardam decisão do BCE hoje que deve trazer mais 25 bps para os juros na região. Inflação na Zona do Euro segue em 6%, bem acima da meta de 2%, e preocupa, ao mesmo tempo que economia local patina.
Brasil
Ontem, a agência de rating S&P manteve a nota do Brasil em BB-, mas revisou a perspectiva de rating do país para positiva, indicando que pode subir a nota nos próximos dois anos, ressaltando a melhora no ambiente econômico do país, com melhoras das contas públicas pós-arcabouço, balança comercial forte, política monetária e inflação. A reforma tributária segue gerando discussões entre governo federal e estados e Lira solicitou texto mais detalhado da proposta ao governo. Hoje mercado fica de olho em dados de Serviços publicados pelo IBGE.
Abertura
Na abertura, o índice DXY sobe, assim como juros das Treasuries enquanto futuros em Wall Street recuam. Petróleo está bastante volátil com FED e China, mas minério de ferro sobe com estímulos na economia chinesa.
O que esperar
A cautela no exterior ode limitar ganhos locais, mas as expectativas são de dia positivo, impulsionado pelas notícias mais favoráveis para a economia brasileira e bateria de estímulos vinda da China, que ajuda as exportadoras.
Dados de mercado
- Ibovespa (Fec): +1,99%
- SP500 (Fec): +0,08%
- Dow Jones (Fec): -0,68%
- Nasdaq (Fec): +0,39%
- Nikkei (Fec): -0,05%
- SSEC (Fec): +0,74%
- CSI (Fec): +1,59%
- FTSE (Abe): +0,05%
- DAX (Abe): -0,60%
- CAC (Abe): -0,75%
- Dólar: R$ 4,80
- BTC (Abe): US$ 24.841 Agenda do dia - 06:00 | Balança Comercial (Abr)
- 09:00 | Volume de serviços (Abr)
- 09:15 | Decisão de juros BCE
- 09:30 | Vendas no varejo (Mai)
- 09:30 | Novos pedidos seguro-desemprego
- 10:15 | Produção Industrial (Mai)Ótima quinta-feira!
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