Macroeconomia


Bom dia, Inter! 15/04/2024

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Gabriela Joubert

Publicado 15/abr

Conflitos no Oriente Médio no foco, além de dados macro, balanços e fiscal aqui.

Mercados globais amanhecem com certo alívio, depois dos sustos com os conflitos no Oriente Médio ao longo do fim de semana, que continuam no radar dos investidores, além de dados macroeconômicos globais e temporada de balanços nos Estados Unidos. No Brasil, fiscal fica no radar, juntamente com as blue chips e os preços das commodities.Os principais índices norte-americanos fecharam em queda na semana passada, pressionados pelo aumento da aversão ao risco, com investidores questionando o apetite do FED para cortar juros este ano. A resiliência da economia, bem como as condições ainda apertadas do mercado de trabalho, tem afetado o movimento de queda da inflação, que também vem sendo impactada pelo atual nível de preços das commodities.

Estados Unidos

Somado a isso, o ataque do Irã a Israel no fim de semana trouxe mais um fator de atenção aos mercados diante de possível resposta retaliativa dos Estados Unidos. No corporativo, os resultados dos grandes bancos vieram acima do esperado, em maioria, impulsionado pelas receitas de bancos de investimentos, mas já sinalizando trimestres mais difíceis à frente, por conta do efeito dos juros elevados no apetite ao crédito.

Mundo

Do outro lado do mundo, as bolsas chinesas encerraram o dia em forte alta, em meio à intensificação da regulamentação das autoridades governamentais sobre o mercado de capitais, incluindo novos critérios para listagens, supervisão sobre pagamento de dividendos e outros. Dados de importação e exportação no país ficaram aquém do esperado, trazendo dúvidas quanto à recuperação da economia por lá. No Japão, o Nikkei recuou, seguindo o mau-humor da sexta-feira nos mercados norte-americanos e de olho nas tensões com os conflitos no Oriente Médio. Já na Europa, os conflitos e os acontecimentos do fim de semana ficam no radar, mas as bolsas por lá sobem, com entendimento de que a situação, por ora, está controlada. Líderes na União Europeia condenaram os ataques a mísseis feitos pelo Irã e devem responder com sanções. Arábia Saudita entra no foco, intermediando a situação. Na semana, o foco na região fica por conta de inflação, dados de mercado de trabalho e falas de membros do BCE.

Brasil

Na semana passada, o Ibovespa seguiu os pares internacionais e, afetado pela maior aversão ao risco, também recuou, fechando em queda de 0,67%. Todas as blue chips cederam, incluindo grandes bancos, Vale e Petrobras, essa última fechando no negativo mesmo com a alta do petróleo. Pesou também dados que mostraram que a atividade encolheu em fevereiro, contrariando as expectativas, com a indústria e serviços caindo, enquanto vendas ao varejo surpreendeu positivamente. No campo político, a agenda da Câmara segue cheia, com decisões sobre reoneração da folha de pagamentos e o destino do Perse. Além disso, governo deve trazer proposta de leis complementares da Reforma Tributária.

Abertura

Na abertura, o índice DXY tem leve queda, enquanto futuros em Wall Street avançam, com alívio momentâneo da escalada dos conflitos no Oriente Médio, mas os juros das Treasuries seguem avançando. Petróleo recua, depois de forte avanço no fim de semana.

O que esperar?

A bolsa local ficará à mercê dos acontecimentos externos, mas pode ter dia de alta, seguindo os alívios nos pares internacionais, além de poder ser beneficiada pela recuperação dos preços das commodities. Mercado monitora os conflitos no Oriente Médio e dados macroeconômicos globais ao longo da semana, além de números da temporada de balanços nos Estados Unidos.


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