*Haddad, PPI e resultados dos Bancos nos Estados Unidos dividem a atenção do mercado*
O CPI bem abaixo do esperado elevou o apetite ao risco global, impulsionando setores sensíveis a juros e causando correção nas Big Techs. No Brasil, a bolsa subiu. Dados de varejo surpreenderam positivamente e hoje mercado atenta para fala de Haddad e Pesquisa de Serviços, enquanto lá fora o foco fica por conta do PPI e resultados dos Bancos.
*Estados Unidos:*
Depois que o CPI, a inflação ao consumidor, ter vindo abaixo do esperado, recuando 0,1% contra expectativas de alta de 0,2% m/m, os índices norte-americanos encerraram o dia mistos, com setor de tecnologia recuando, enquanto small caps e outros segmentos mais sensíveis a juros avançaram. No radar hoje, investidores aguardam os dados de PPI, inflação ao produtor, com expectativas de alta de 0,1%, além do sentimento do consumidor de Michigan. Ainda, os bancos dão início à temporada de balanços do 2T24 e, apesar das projeções mais elevadas de crescimento de 9% a/a nos lucros das empresas, o consenso em Wall Street espera que os lucros dos bancos tenham encolhido 10% ante o 2T23. No político, reunião da OTAN é destaque, com Biden sendo questionado sobre sua capacidade de governar e ao mesmo tempo reafirmando sua candidatura para concorrer às eleições presidenciais.
*Mundo:*
As bolsas asiáticas tiveram dia misto nesta madrugada. No Japão, após o CPI, o iene disparou mais de 2%, pressionando o Nikkei, que recuou. Em Hong Kong, vimos rali das empresas de Real Estate compensando queda das companhias de tecnologia. Na China, as exportações avançaram 8,6% em junho, acima das expectativas, enquanto as importações recuaram 2,3%, surpreendendo negativamente o mercado e mostrando que o consumo interno segue limitado. As bolsas por lá ficaram de lado. Na Europa, as bolsas mantêm a tendência altista da semana, confirmada agora pelas apostas de que o BCE volte a cortar os juros em setembro, principalmente depois do CPI melhor que o esperado nos Estados Unidos. Mercado segue monitorando o cenário político francês e mercado de trabalho no Reino Unido.
*Brasil:*
O Ibovespa avançou 0,85% ontem, impulsionado pelos dados mais fracos de inflação nos Estados Unidos que, juntamente com o IPCA menor que o esperado, podem ajudar a aliviar as pressões por aqui e levar o COPOM a reavaliar novos cortes na Selic. Itau e Petrobras foram as maiores contribuições positivas, mas Vale pesou do outro lado. Tivemos também dados do Varejo mostrando forte avanço e hoje mercado olha pesquisa de serviços que deve mostrar recuo de 0,7% em maio. A Câmara aprovou a PEC que facilita as dívidas dos partidos e gerou polêmica, com estimativas de que a anistia poderia chegar a R$ 23 bi. No radar, entrevista de Haddad em evento em São Paulo e a divulgação do Prisma Fiscal, pela Fazenda.
*Abertura:*
Na abertura, o índice DXY cai e futuros em Wall Street apontam um dia de estabilidade após o movimento de correção das big techs ontem. Os juros das Treasuries avançam. Petróleo avança, com expectativa de melhora na demanda e piora nos estoques globais. Bitcoin tem leve recuo.
*O que esperar?*
Mercado local fica de olho em fala do Haddad, enquanto aguarda pesquisa de serviços e inflação ao produtor nos Estados Unidos. Cenário político também fica no radar com reforma tributária, desoneração da folha e negociação da dívida dos estados com a união.
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