Sem maiores correções após CPI
Em dia de surpresas negativas para o IPCA e CPI, o Ibovespa fechou o pregão em queda de 0,15%, enquanto bolsas em Wall Street encerraram próximo à estabilidade. Vale e Petrobras acompanharam as commodities em alta e tiveram pregão positivo. Mesmo com os dados de inflação de ontem acima do esperado, as apostas sobre a velocidade no corte dos juros pelo Fed ainda no primeiro semestre permanecem e o desempenho dos ativos não trouxe fortes correções, aliviado também pelo leilão de T-Bonds precificado abaixo da curva. Mercado fica de olho na inflação ao produtor e resultados dos grandes bancos nos EUA hoje, além de discurso de dirigente do Fed. Por aqui, agenda é mais fraca e BC divulga fluxo cambial da semana.
*Estados Unidos*
Após o CPI ter avançado 0,3% e acima das expectativas do mercado de 0,2% mercado não sofreu muita correção no pregão de ontem, com investidores ainda aguardando mais dados para ter maior clareza sobre o ritmo de corte de juros. Um leilão de T-Bonds de 30 anos ontem contribuiu para minimizar perdas no mercado à medida que a taxa mínima dos papéis ficou abaixo do mercado, reduzindo a precificação na curva. A dirigente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, reforçou que o combate à pressão inflacionária não acabou e que um corte de juros em março parece muito precoce. Mercado hoje acompanha resultados dos grandes bancos americanos como JPMorgan, Bank of America, Citi e Wells Fargo, além de BlackRock e UnitedHealth Group.
*Resto do Mundo*
Mercados asiáticos fecharam em queda, exceto a bolsa do Japão que renovou máxima histórica e acumula ganhos de 6,6% na semana. Na China o sentimento ainda é de cautela com dados do CPI chinês registrando a terceira queda consecutiva e do PPI com declínio pelo 15º mês consecutivo. Os fracos dados de inflação acabaram ofuscando o as exportações chinesas que ficaram acima do esperado. Mercado europeu opera em alta com mensagem de Christine Lagarde, presidente do BCE, de que a parte mais difícil no combate à inflação ficou para trás e que o corte de juros começará quando a inflação estiver retornando para a meta. AirBus é destaque após anunciar número recorde de encomendas em 2023.
*Brasil*
Por aqui, com agenda mais fraca, ganha destaque o imbróglio político entre o Governo e o Centrão, que estuda derrubar veto de Lula sobre o direcionamento do dinheiro das apostas esportivas para o Ministério do Esporte. A relação mais delicada pode atrapalhar a ideia de uma reforma ministerial neste ano. No cenário corporativo, o CNPS reduziu mais uma vez o teto de juros do consignado para o INSS e o STF aprovou ontem a liberação para a Eletrobras realizar Assembleia de Acionistas para aprovar a incorporação de Furnas.
*Abertura*
Futuros de Nova York operam em queda, juros das Treasuries avançam e o índice DXY avança levemente com mercado digerindo o CPI e aguardando o PPI americano. O Petróleo mantém alta de mais de 3% repercutindo tensões no Mar Vermelho após ataques de militares dos EUA e Reino Unido a alvos de militantes do grupo Houthi.
*O que esperar*
Mercado global abre em tom misto e fica de olho no PPI e balanço de bancos nos EUA, enquanto commodities em alta e dado de exportação maior que o esperado na China pode trazer algum otimismo na Bolsa local.
*Dados de mercado*
- Ibovespa (Fec): -0,15%- S&P 500 (Fec): -0,07%
- Dow Jones (Fec): 0,04%- Nasdaq (Fec): 0,00%- Nikkei (Fec): 1,50%- SSEC (Fec): -0,16%- CSI (Fec): -0,35%- Stoxx(Abe): 0,82%- Dólar: R$ 4,87- BTC (Abe): US$ 45.925- Treasuries 2a: 4,272%- Treasuries 10a: 3,984%
*Agenda do dia*
Balança comercial (dez) PPI (dez) expectativa 0,1% Discurso de Lane, dirigente do BCE Fluxo Cambial da semana
Ótima sexta-feira!
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