Macroeconomia


Bom dia, Inter! – 11/06/24

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Gabriela Joubert

Publicado 11/jun

*Todos à espera da inflação*

Mercado aguarda inflação, tanto no Brasil quanto lá fora, além de se preparar para a decisão do FOMC amanhã. Europa segue pressionada pelas incertezas políticas e, aqui, político fica no radar com discussões sobre PL do MOVER e MP sobre ICMS.

*Estados Unidos:*
Os índices norte-americanos encerraram o dia ontem em campo positivo, batendo novos recordes, e os juros das Treasuries arrefeceram, com os investidores no aguardo de dados de inflação nesta semana e a decisão do FED sobre juros, que vem acompanhada do dot plot, a mais recente obsessão do mercado. Este mês, a decisão traz também as projeções econômicas atualizadas da instituição, onde deveremos ver menos cortes do que o previamente esperado (caindo de 3 para 2); mas, até aqui, o mercado segue dividido, com muitos agentes apostando, inclusive, em nenhum corte para o ano. Devemos ver igualmente inflação acima do projetado e crescimento econômico ainda robusto. Do lado da inflação, mercado espera uma alta de 0,1% m/m, com o anualizado ficando em 3,2%, de acordo com a Reuters. No corporativo, a Apple deixou a desejar com relação às suas features de AI e como a empresa poderá gerar receita adicional com suas mais recentes tecnologias. Futuros hoje caem e juros sobem.

*Mundo:*
Na volta do feriado, as bolsas asiáticas encerraram em queda. Na China, os dados prévios do feriado mostraram melhora no fluxo de viagens domésticas, mas os gastos per capita caíram novamente, reflexo do processo de recomposição de poupança que prevalece em meio à falta de confiança do consumidor. A crise imobiliária continua como principal ponto negativo para a retomada do otimismo no país. Na Europa, a instabilidade política gerada pela antecipação das eleições na França continua a afetar os mercados e as bolsas renovam as perdas da véspera. O CAC 40, principal índice francês, segue acumulando perdas, enquanto os juros dispararam. Papeis de bancos e construtoras foram os principais afetados. Lagarde ressaltou que o corte da última reunião não significa que a batalha contra a inflação foi vencida, o que poderia limitar a entrega de outros cortes para o restante do ano.

*Brasil:*
O Ibovespa encerrou a segunda-feira praticamente de lado, com leve alta de 0,06%, influenciado positivamente por papéis das exportadoras, enquanto a queda dos bancos pesou na outra ponta. O dólar ficou em R$ 5,35. Hoje, as atenções se voltam a divulgação do IPCA majoritariamente, além de palestra de RCN. Mercado projeta leve aumento de 0,4% m/m na inflação. Ontem, o relatório Focus mostrou novamente desancoragem nas expectativas de inflação e juros para o país. Na próxima semana, teremos novamente reunião do Copom e mercado agora espera manutenção, em razão das maiores incertezas tanto locais, com fiscal de volta ao radar, quanto internacionais, com dúvidas quanto ao FED. No político, a MP sobre ICMS segue gerando discussões no Congresso e desconforto ao governo. A Câmara pode votar o PL do Mover que, inclusive, taxa compras internacionais até US$ 50 em 20%.

*Abertura:*
Na abertura, o índice dólar (DXY) sobe, enquanto os juros das Treasuries avançam e futuros em Wall Street recuam, de olho na decisão do FED e dados de inflação. Petróleo cai, assim como o minério de ferro. Bitcoin também tem forte queda e recua mais de 3%.

*O que esperar?*
Mercado local monitora IPCA e governo, antes de inflação e decisão do FOMC nos Estados Unidos. A queda das commodities hoje pode reverter os ganhos da véspera para as exportadoras, em especial Vale e demais, com os pares internacionais em forte queda nesta manhã.
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