A semana passada foi marcada por algumas correções no setor de tecnologia, com Nvidia recuando das máximas e caindo mais de 5%, puxando o setor. No entanto, a atenção ficou mesmo para os dados de mercado de trabalho nos Estados Unidos que se mostraram ainda fortes. Aqui no Brasil, a correção de mais de 10% nos papéis da Petrobras levou à queda do índice. Esta semana, mercado monitora dados de inflação aqui e lá fora, além de mais números setoriais.

Estados Unidos

Em semana de dados de inflação, futuros indicam queda nesta manhã, conforme investidores processam dados mistos de mercado de trabalho da semana passada e tentam compreender os próximos passos do FED. Na semana passada, as bolsas foram impactadas pelo recuo dos papéis das grandes fabricantes de chips que cederam dos níveis esperam CPI amanhã e PPI na quinta, além de dados do Varejo e Sentimento do Consumidor também ao longo da semana.

Mundo

Na China, as bolsas tiveram forte alta nesta madrugada, depois que dados de CPI mostraram que inflação por lá subiu, após seis meses em queda. Contudo, a inflação ao produtor, medida pelo PPI, recuou novamente, mostrando que a demanda interna continua enfraquecida. No Japão, o Nikkei recuou mais de 2% com a queda das fabricantes de chips, enquanto iene avançou. Na Europa, as bolsas estão no vermelho esta manhã, impactada pela queda generalizada dos papéis de tecnologia e de materiais básicos, enquanto investidores lá reacessam apostas quanto ao início de cortes de juros pelo BCE e monitoram inflação nos Estados Unidos.

Brasil

Ibovespa teve queda de 1,63% na semana passada, puxado pelo recuo de mais de 10% da Petrobras, depois que a empresa suspendeu o pagamento de dividendos extraordinários. Tivemos dados macro positivos, com setor externo beneficiado pela balança comercial, além de termos visto números mais saudáveis das estatísticas fiscais. Dados do crédito mostraram estabilização, apesar da produção industrial ter recuado. No geral, dados da economia brasileira têm surpreendido, confirmando uma visão mais construtiva para o país. Na contramão, a interferência do governo nas grandes empresas, como Vale e Petrobras, tem trazido volatilidade ao índice.

Abertura

Na abertura, o índice DXY está de lado, enquanto juros estão mistos e futuros em Wall Street operam em queda. Petróleo está estável, de olho nos conflitos em Gaza e demanda na China no radar. Minério de ferro recua, diante de fundamentos ainda fracos do setor imobiliário chinês.

O que esperar?

Com os mercados internacionais em queda e commodities em baixa, devemos ver pressão baixista também no índice local, enquanto investidores aguardam bateria de dados ao longo da semana, com inflação, além de Varejo e Serviços.