Macroeconomia


Bom dia, Inter! – 08/08/24

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Gabriela Joubert

Publicado 08/ago

Cautela ainda é o nome do jogo

Mercados continuam apresentando alta volatilidade na semana, com investidores cautelosos em meio aos recentes acontecimentos. Na narrativa, receio de recessão nos Estados Unidos, diferencial de juros entre EUA e Japão e seus efeitos nas estratégias de carry trade, além da temporada de balanços e os resultados das Mag7. No Brasil, foco fica nos resultados de Petrobras, palestra de RCN e reunião de Lula com Ministros.

Estados Unidos:
Os índices norte-americanos encerraram em queda ontem, enquanto os juros das Treasuries ficaram praticamente estáveis, em semana que vem sendo marcada pela volatilidade e cautela dos investidores. Ontem, as ações de tecnologia foram as maiores quedas dos índices, com o subíndice acumulando recuo de quase 10% no mês, conforme mercado se ajusta a um possível cenário de desaceleração e expectativas mais realistas quanto aos balanços destas empresas. Investidores também monitoram a situação macroeconômica nos Estados Unidos, que deve impactar na decisão do FED em cortar os juros em setembro. Os juros futuros continuam sinalizando uma aceleração nos cortes pelo FED, com mercado precificando um soft landing na maior economia do mundo, e em alguns casos até recessão, e ontem vimos também esta correção nas taxas de hipotecas. Hoje temos dados semanais de mercado de trabalho.

Mundo:
Na Ásia, as bolsas tiveram uma madrugada mista e Japão segue no centro das atenções. Os efeitos do carry trade com iene ainda se fazem aparentes, e mercado continua preocupado com a possibilidade de aumento de juros pelo BoJ em momento de possível corte de juros nos EUA. Na China, as bolsas ficaram estáveis, em dia sem grandes catalisadores. Já na Europa hoje mercados cedem, com investidores de olho na temporada de balanços e resultados não tão empolgantes assim. Entretanto, com a queda recente, algumas oportunidades começam a aparecer, como por exemplo no setor financeiro, onde as expectativas ainda se mantêm resilientes para o restante do ano. Ao mesmo tempo, mercado monitora situação macro na zona do euro e receios de desaceleração maior que o esperado.

Brasil:
Contrariando seus pares externos, o Ibovespa avançou ontem 0,99%, puxado pelas ações do setor de consumo, após resultados melhores que o esperado do Grupo Pão de Açucar ter empolgado o setor como um todo. As locadoras também foram destaque, com Localiza avançando 9% no dia. Na temporada, saem resultados de Petrobras, B3, Embraer, Caixa Seguridade e Sabesp. No campo político, Lula se reúne com seus ministros hoje para discussão sobre agenda de projetos do governo no segundo semestre, além das eleições municipais. No radar, mercado acompanha palestra de RCN e de Gabriel Galípolo, além de dados da produção industrial.

Abertura:
Na abertura, o índice dólar (DXY) recua, enquanto futuros e juros das Treasuries caem em Nova Iorque. Commodities também operam em campo negativo, com destaque para o minério de ferro. Criptoativos avançam.

O que esperar?
A cautela nos mercados internacionais deve influenciar no movimento do Ibovespa hoje, que também deve sofrer pressão das commodities em baixa nos mercados internacionais. Mercado processa também números do Banco do Brasil, Eletrobras, Petrobras e outras grandes empresas.


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