Macroeconomia


Bom dia, Inter!: 08/04/2024

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Gabriela Joubert

Publicado 08/abr

Elon Musk desafia Alexandre de Moraes, Petrobras fica no radar e inflação é foco lá fora.

Semana inicia sob cautela, principalmente depois do fechamento da sexta que, apesar do otimismo pontual, não foi suficiente para impedir que mercados encerrassem com queda no acumulado semanal. No Brasil, as incertezas quanto ao comando da Petrobras têm pesado no índice, mas os dados macroeconômicos têm surpreendido positivamente. 

Estados Unidos

Mercados amanhecem com leve ganhos nesta manhã, conforme os juros das Treasuries cedem levemente, com investidores absorvendo os últimos dados macroeconômicos e reposicionando suas apostas sobre os cortes de juros pelo FED. O payroll veio acima das expectativas pelo quinto mês consecutivo, o que reforçou a visão de que o FED não teria pressa para iniciar seu ciclo de flexibilização da política monetária, mas também ajudou a elevar as projeções de lucros para as empresas. Na semana passada, as bolsas encerraram em forte alta na sexta-feira, mas não o suficiente para reverter a queda no acumulado da semana. Já para os próximos dias, veremos dados de inflação e o início da temporada de balanços, com os grandes bancos reportando na sexta-feira.

Mundo

Na Ásia, depois de dois dias fechados por conta de um feriado, as bolsas chinesas reabrem e encerraram o pregão mistas. O PBoC, BC chinês, manteve a taxa de referência do yuan no atual patamar em tentativa de estabilizar a moeda após as quedas recentes. O destaque por lá também foi o encontro de Janet Yellen com as autoridades chinesas em busca de tratativas sobre excessos de capacidades em algumas indústrias importantes, como veículos elétricos, e a parceria econômico-comercial entre as duas nações. No Japão, a bolsa avançou, seguindo o movimento de Nova Iorque na véspera. Já na Europa hoje, as bolsas sobem, com investidores de olho na decisão do BCE ao longo da semana, na qual as apostas são de manutenção da taxa de juros nos atuais 4%. No entanto, mercados já começam a elevar suas apostas nas bolsas locais, considerando o nível ainda baixo dos papeis, principalmente quando comparado às bolsas norte-americanas.

Brasil

No Brasil, o Ibovespa encerrou em queda acumulada de 1,02%, seguindo o fechamento da curva nos EUA, mas principalmente a pressão negativa vinda da Petrobras, em meio a novas discussões sobre mudanças no seu comando para a entrada de Mercadante no lugar de Prates. Pressionou também a queda dos papéis da Vale, que refletiram a correção dos preços do minério de ferro nos mercados internacionais. Tivemos semana intensa na esfera macroeconômica, com dados de crédito mostrando recuperação e no setor externo, a balança comercial reportou terceiro melhor fevereiro da história. Já no fiscal, governo reportou déficit primário. No campo político, destaque hoje para desavenças entre o ministro Alexandre de Moraes e Elon Musk, CEO do X (antigo Twitter), sobre os desdobramentos dos inquéritos sobre fake News. A Petrobras continua no radar sobre mudanças em seu comando e incertezas sobre reajustes na gasolina e

dividendos.

Abertura

Futuros em Wall Street ensaiam alta, enquanto os juros das Treasuries voltam a subir nesta manhã. O índice DXY está praticamente estável, mas o Bitcoin avança e é negociado acima dos US$ 72 mil. Petróleo recua das máximas de cinco meses depois que Israel anunciou que irá retirar tropas de Gaza. Minério de ferro segue abaixo de US$ 100/t. 

O que esperar?

O cenário político fica no foco de hoje, com discussões sobre o rumo do comando da Petrobras. Mercado também monitora fala de Haddad em evento e entrevista de Lula. Anfavea divulga dados do setor e mercado também acompanha os desdobramentos das discussões sobre o ministro Alexandre de Moraes e o CEO do X, Elon Musk.


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