Macroeconomia


Bom dia, Inter! – 07/05/24

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Gabriela Joubert

Publicado 07/mai

Mercado local aguarda Copom e, lá fora, Disney e Nvidia ficam no radar

Seguindo o otimismo da semana passada, as bolsas encerraram a segunda em alta, apesar do reconhecimento de que ainda teremos juros mais altos por mais tempo. Nos Estados Unidos, o FED descartou novamente aumento de juros para este ano e aqui no Brasil, bolsa fechou de lado, pressionada por Braskem, mas com queda limitada pelo avanço das Blue Chips.

*Estados Unidos:*
Os índices norte-americanos tiveram mais um dia positivo ontem. O momentum foi fortalecido pelo payroll abaixo do esperado na sexta, além de balanços corporativos que vêm ajudando a manter a tendência positiva para as bolsas nos últimos dias. Pesquisa mostra que americanos estão mais preocupados com os custos de se financiar uma casa, em razão das expectativas de menos cortes nos juros. Enquanto isso, o FED descarta, novamente, a possibilidade de aumento de juros este ano e prevê inflação arrefecendo com os juros no patamar atual, porém em menor velocidade que o esperado anteriormente. Mercado agora aguarda os resultados de Nvidia para completar o panorama sobre a tese de AI, além do balanço da Disney antes do pregão. Futuros hoje avançam.

*Mundo:*
Na Ásia, as bolsas tiveram comportamento misto na última madrugada. Na China, as bolsas encerraram em alta, refletindo a divulgação de dados sobre a Golden Week. Gastos com turismo subiram cerca de 13% ante níveis pré pandemia, enquanto as vendas de casas recuaram 47% a/a, em momento que o governo promete novas medidas em socorro ao setor. A bolsa de Hong Kong quebrou um fluxo consecutivo de 10 altas e encerrou em queda e no Japão, o Nikkei avançou quase 2% na volta do feriado. Na Europa, os índices estão majoritariamente em alta nesta manhã. Na frente macro, pedidos da indústria na Alemanha vieram abaixo do esperado, mas exportações surpreenderam positivamente, assim como os PMIs na região. O BCE tem voltado sua preocupação agora ao crescimento econômico da região, uma vez que a inflação segue sua tendência de queda. Possibilidade de corte de juros aumenta. No campo geopolítico, região monitora conflitos no Oriente Médio e sinaliza ao governo chinês a necessidade de proteger a economia local das importações chinesas muito baratas.

*Brasil:*
O Ibovespa encerrou praticamente de lado ontem, ajudado por um lado pelas blue chips, com o flight to quality ainda em vigor, mas limitado pela queda de Braskem e do setor de frigoríficos. O dólar encerrou estável, em R$ 5,08. No campo político, governo e congresso negociam temas relevantes, com destaque ao socorro ao Rio Grande do Sul e decreto de calamidade pública. A desoneração da folha também segue sob discussão entre as esferas governamentais que buscam ainda uma solução. Congresso também deve avaliar os vetos presidenciais, mandando mensagem de insatisfação ao governo. Hoje, tem início a reunião do Copom que decide amanhã sobre a Selic. Expectativas estão divididas entre 0,5 e 0,25 p.p. no corte esperado, com receios de desaceleração no ritmo vindos do efeito de maiores juros nos Estados Unidos.

*Abertura:*
Na abertura, o índice DXY está em leve alta, enquanto juros das Treasuries recuam e futuros em Wall Street avançam, com investidores monitorando números da temporada de balanços. Petróleo tem leve queda, de olho nos conflitos entre Israel e Hamas. Bitcoin avança, em meio à menor aversão ao risco.

*O que esperar?*
Mercado local fica de lado, no aguardo do COPOM amanhã e de olho na temporada de balanços, enquanto monitora cenário internacional. Ontem, Itau divulgou números fortes, em linha com esperado, enquanto Embraer reportou prejuízo nesta manhã.

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