Reforma tributária ajuda local, mas FOMC agressivo pressiona exterior
*Reforma tributária ajuda local, mas FOMC agressivo pressiona exterior*Divergindo dos pares externos, o Ibovespa encerrou o último pregão em alta de 0,40%. O que movimentou o índice no dia foram discussões sobre a Reforma tributária que, apesar da ausência de concenso entre os governadores, prefeitos e grupos setoriais, deve ser votada hoje. Destaque de alta foram ações da BRF após anunciar follow-on que deve trazer maior alívio financeiro para a empresa. Em Wall Street, bolsas fecharam em leve queda com Ata do FOMC mais conservadora e mostrando que a maioria dos membros do comitê espera novas altas de juros até o fim do ano. O dólar fechou o dia em alta de 0,2% enquanto o índice DXY avançou 0,3%. Para hoje, a agenda doméstica está vazia, enquanto lá fora, foco dos investidores está nos dados de emprego dos relatórios ADP e JOLTS nos EUA.
*Estados Unidos*
A Ata do Fomc ontem mostrou que a maioria dos membros concordou em manter os juros na última reunião a fim de ganhar tempo para observar a evolução dos dados macroeconômicos sob efeito da política atual. Contudo, o texto também mostrou que os dirigentes estão propensos a mais altas até o fim do ano e, com isso, mercados recuaram, precificando um cenário de juros ainda mais restritivos. Futuros hoje estão em queda, exceto por Meta que avança no pré, com sucesso do lançamento do Threads, concorrente do Twitter. No radar também, início da viagem de Yellen à China.
*Europa e Ásia*
Bolsas na Ásia recuaram na madrugada seguindo a aversão ao risco que tomou conta dos mercados Pós Ata do FOMC e refletindo preocupações com as tensões sino-americanas e recentes restrições sobre exportações. Receio quanto ao nível de endividamento do governo chinês também afeta o setor financeiro. Na Europa, bolsas também recuam com sentimento negativo prevalecendo, após posição do FED, seguindo posicionamento já hawkish dos BCs na região nas últimas semanas. Do lado positivo, Pedidos da indústria alemã surpreenderam ao avançar 6,4% no mês, impulsionado por encomendas de navios e artigos militares. Entretanto, demais setores seguem prejudicados.
*Brasil*
Em movimento estratégico, Lira afirmou ontem que o texto da Reforma tributária deve ser colocado para votação hoje, enquanto projeto do Carf é adiado, revertendo prioridades e forçando um posicionamento mais contundente do governo sobre a reforma. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, entra como articulador e agenda ganha força. Novidade no texto foi a criação da Cesta Básica Navional que deve listar alimentos isentos de tributação. A Caixa inicia oferta do novo MCMV e deve alavancar o crédito imobiliário, enquanto pretende retomar obras paradas do projeto até o fim do ano.
*Abertura*
Na abertura, o índice DXY recua, assim como futuros em Nova Iorque, enquanto juros das Treasuries avançam. Petróleo, minério de ferro e demais commodities metálicas estão estáveis, em meio às incertezas no cenário internacional.
*O que esperar*
O ambiente externo negativo pode pesar nos ativos locais, contudo o avanço na questão da Reforma Tributária pode ajudar a impulsionar o humor interno e impulsionar o Ibovespa, mesmo com commodities sem grande ímpeto.
*Dados de mercado*
- Ibovespa (Fec): +0,40%
- SP500 (Fec): -0,20%
- Dow Jones (Fec): -0,38%
- Nasdaq (Fec): -0,18%
- Nikkei (Fec): -1,70%
- SSEC (Fec): -0,54%
- CSI (Fec): -0,67%
- FTSE (Abe): -1,36%
- DAX (Abe): -1,14%
- CAC (Abe): -1,79%
- Dólar: R$ 4,85
- BTC (Abe): US$ 31.204
*Agenda do dia*
- 06:00 | Vendas no Varejo (Mai)
- 09:15 | Variação de Empregos Privados ADP (Jun)
- 09:30 | Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego
- 10:45 | PMI do Setor de Serviços (Jun)
- 11:00 | Ofertas de Emprego JOLTs (Mai)
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