4th of July nos Estados Unidos e no Brasil, novas promessas quanto ao fiscal
Apesar do feriado nos Estados Unidos limitar os volumes de negociações hoje, o dia promete ser agitado no Brasil, após as falas do governo ontem sobre o comprometimento com o orçamento e os gastos públicos. Mercado digere falas de Haddad e monitora pautas na agenda política.
Estados Unidos:
Os índices em Wall Street encerraram mistos ontem, com Nasdaq e S&P 500 avançando, enquanto o Dow Jones recuou mais uma vez. A Ata do FOMC veio sem surpresas e confirmou o discurso atual do FED de que mais dados macroeconômicos são necessários para confirmar a trajetória desinflacionária no país, mesmo com os progressos recentes. Do outro lado, os dados de atividade começam a apresentar sinais de desaceleração. Ontem, o PMI de Serviços veio bem abaixo do consenso e em nível contracionista, aos 48,8 pts. O relatório ADP, que mostra criação de vagas do setor privado, também desacelerou pelo terceiro mês consecutivo, mostrando adição de vagas abaixo do esperado. Mercado agora aguarda pyaroll amanhã, em dia ainda de poucas negociações por conta da emenda do feriado do Dia da Independência.
Mundo:
Na Ásia, as bolsas tiveram desempenho misto nesta madrugada, com o Nikkei avançando mais uma vez e batendo novo recorde. Em compensação, na China, os índices recuaram diante de rumores de mais taxações a produtos chineses vindas da Europa. E falando em Europa, as bolsas por lá sobem, mantendo o tom positivo da véspera, com investidores de olho nas eleições gerais no Reino Unido, além dos destaques da Conferência do BCE em Sintra, que reuniu presidentes de BCs globais para discussão sobre cenário de inflação e juros. Teremos também hoje a ata do BCE que definiu por um corte de juros pela primeira vez desde 2019, no mês passado.
Brasil:
A bolsa brasileira encerrou em alta de 0,70% ontem, puxada pela recuperação dos papéis da Vale e avanço das ações do Itau, enquanto o dólar recuou 1,85%, negociado a R$ 5,56. No fim do dia, depois de ter criticado a atuação do Banco Central nas últimas semanas e ter sinalizado resistência quanto ao corte de gastos, o presidente Lula e a equipe econômica vieram a público para acalmar os ânimos do mercado, com novas promessas de controle de gastos e respeito ao orçamento. Hoje, mercado digere as falas de Lula e de Haddad, enquanto acompanha nos bastidores políticos o avanço de pautas importantes como a reforma tributária. Na agenda da quinta, teremos também a balança comercial de junho.
Abertura:
Na abertura, o índice DXY recua e em Nova Iorque os mercados estão fechados por conta do feriado de 4 de julho. As commodities estão mistas, com petróleo em queda, após a forte alta dos últimos dias, e as metálicas avançando. Bitcoin cai quase 3% hoje.
O que esperar?
O dia deverá ter menos volume por conta do fechamento das bolsas nos Estados Unidos, mas não por isso será menos agitado. Mercado processa falas de Lula e Haddad sobre fiscal e acompanha a agenda política com a reforma tributária. As commodities mistas também devem trazer certa volatilidade ao índice local.
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