Fiscal segue no radar dos investidores. Commodities em alta podem contrapor
Mercados iniciam a semana em tom positivo, mas sem grande força. Ontem, as bolsas avançaram, puxadas por teses específicas, como Tesla e Apple nos Estados Unidos, e Sabesp e Equatorial no Brasil. Investidores ficam de olho no fiscal internamente e dados de mercado de trabalho no exterior.
Estados Unidos:
As bolsas norte-americanas encerraram em alta ontem, puxadas especialmente pela Tesla e pela Apple que subiram 6% e 3%, respectivamente. Investidores se preparam para a temporada de balanços, mas ao mesmo tempo monitoram dados de atividade. Ontem, o PMI manufatura mostrou contração pelo terceiro mês consecutivo, em razão de uma demanda mais enfraquecida, mas também sinaliza que a inflação ao produtor segue em desaceleração, o que pode contribuir para a trajetória da inflação nos próximos meses. O yield das Treasuries de 10 anos ficou em 4,48%, avançando em meio à preocupação com resultado das eleições e expansão fiscal. Hoje, futuros têm leve queda, enquanto mercado aguarda dados de mercado de trabalho, com relatório Jolts.
Mundo:
Na Ásia, as bolsas tiveram dia misto. O destaque da madrugada foi a alta do Nikkei, no Japão, com mercados apostando na alta de juros pelo BoJ. Na China, as bolsas tiveram leve avanço, mas em Hong Kong o índice subiu puxado pelas fabricantes de veículos e empresas de tecnologia. Na Europa, os impasses políticos vão seguir interferindo nos mercados até o resultado das eleições francesas neste fim de semana. O CPI veio abaixo do esperado, porém com núcleo ainda preocupante, colocando em dúvida a rota de desaceleração da inflação por lá e pressionando as bolsas, já que o BCE vem reforçando que ainda é necessário ter cautela antes de confirmar a continuidade do ciclo de cortes na região.
Brasil:
Novo semestre inicia com melhora no humor e o Ibovespa encerrou o primeiro dia do mês em alta de 0,65%, puxado pelas ações da Sabesp que subiu com avanços na agenda de privatização. A Equatorial propôs a maior ordem individual do leilão, de R$ 6,9 bi por 15% da empresa. As ações da empresa também subiram. O dólar, contudo, manteve a trajetória de alta com as preocupações ante o fiscal e fechou em R$ 5,66. Hoje, mercado monitora falas de Lula, buscando mais informações sobre o que esperar do controle de gastos, em especial após a deterioração das expectativas de inflação. Mercado também acompanha participação de RCN em fórum organizado pelo BCE, que também contará com a presença de Lagarde e Powell.
Abertura:
Na abertura, o índice DXY recua, enquanto futuros em Wall Street caem e juros voltam a subir levemente. Commodities estão em alta. Minério de ferro sobe na China com estímulos ao mercado imobiliário e petróleo avança, diante de possível escalada de conflitos no Oriente Médio e com a chegada da temporada de furacões.
O que esperar?
Investidor local fica de olho em dados de trabalho nos Estados Unidos, além de falas de Lula e de RCN hoje. O minério de ferro em forte alta pode ajudar os papeis da Vale, mas as incertezas com a saída de mais um membro do Conselho podem prejudicar o desempenho da ação. Sabesp também fica no radar.
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