*Powell descarta novo aumento nos juros e mercados celebram*
Na volta do feriado, mercados operam mais otimistas, após o FOMC manter os juros e com fala de Powell ontem que trouxe um tom de alívio, descartando a possibilidade de aumento de juros. Os juros das Treasuries recuaram e as bolsas tiveram dia misto. No Brasil, hoje Ibovespa pode repercutir a elevação de perspectiva dada pela Moody’s, além dos balanços corporativos que seguem no radar.
*Estados Unidos:*
Futuros amanhecem em leve alta em meio ao alívio criado pela fala de Powell ontem que descartou a possibilidade de novo aumento de juros este ano, apesar da inflação ainda preocupar. Por outro lado, conforme esperado, o presidente do FED também sinalizou a possibilidade de não haver cortes nos juros este ano e ressaltou a necessidade de se observar a evolução dos números macroeconômicos nos próximos meses. Teremos dados importantes de mercado de trabalho, com payroll na sexta-feira. Teremos também pedidos da indústria e resultado da Apple hoje, após o pregão. A temporada de balanços tem trazido um certo conforto ao mercado, mantendo a narrativa positiva, em especial com os avanços de AI. Até o momento, receitas e lucros têm avançado na comparação anual, com destaque positivo ao setor de tecnologia. Na contramão, Energia.
*Mundo:*
Na Ásia, as bolsas tiveram dia misto. Em Hong Kong, o índice mantém a tendência de alta e avançou 2,5% nesta madrugada, puxado pelo maior otimismo pós-FED ontem. Na China, as bolsas estão fechadas para o resto da semana, por conta de feriado local. Já no Japão, o Nikkei recuou, mas o foco ficou pela movimentação do iene e possível intervenção do BoJ no mercado de câmbio. Já na Europa, as bolsas estão sem direção definida, com investidores digerindo as diretrizes do FED ontem, além dos PMIs na região que seguem apresentando evolução. Localmente, investidores também olham alguns números da temporada de balanços, com destaque para ING e Shell, com ambos os papéis avançando.
*Brasil:*
No feriado ontem, a Moody´s elevou a perspectiva da dívida soberana do Brasil para positiva, ressaltando as reformas feitas nos últimos anos, mas sinalizou que segue monitorando o fiscal. Haddad respondeu que a conquista foi graças ao trabalho em conjunto dos Três Poderes, buscando atenuar os atritos entre Governo e Congresso. No campo político, as discussões seguem sobre a reoneração da folha de pagamento e a reformulação do Perse, além da proposta de regulamentação da reforma tributária. No corporativo, Vale apresenta cronograma sobre o processo de sucessão de seu presidente, com previsão de anúncio do novo executivo no fim do ano e Bradesco divulgou lucros acima do esperado.
*Abertura:*
Na abertura, o índice dólar (DXY) opera estável, enquanto os juros das Treasuries recuam, dando certo ímpeto aos futuros em Wall Street. Petróleo sobe, respondendo à mensagem mais dovish de Powell ontem. Bitcoin também avança, mas opera abaixo dos US$ 60 mil.
*O que esperar?*
O alívio no exterior pode ajudar e dar ânimo ao mercado local que também digere a elevação da Moody´s sobre a perspectiva para o país. No corporativo, o setor bancário fica no radar com os números do Bradesco, enquanto a alta do petróleo pode ajudar as exportadoras.
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