Mercados direcionam todos os olhares à decisão do FOMC hoje, mas principalmente ao comunicado e falas de Jerome Powell, nas quais investidores buscarão sinais adicionais sobre rumo dos juros nas próximas reuniões. Aqui, Copom deve cortar Selic em mais 0,5 p.p. e fiscal segue como pedra no sapato.

Estados Unidos
Salários impulsionaram o custo de mão-de-obra nos Estados Unidos, enquanto a inflação de preços de imóveis também acelerou, resultado de uma economia forte e mercado de trabalho apertado. Ontem, as bolsas tiveram dia de alta, mas fecharam o mês em forte queda, seguindo alta dos juros das Treasuries, conflitos em Gaza e balanços mistos na temporada. Futuros hoje recuam, cautelosos e ansiosos pelas falas de Powell. Na temporada, CVS e demais empresas divulgam balanços. Expectativas é de crescimento de 4,9% nos lucros consolidados das empresas a/a. Mercado também monitora dados de mercado de trabalho com ADP, Jolts e payroll na sexta.

Resto do Mundo
Bolsas asiáticas fecharam estáveis, de olho em dados de atividade fabril que mostraram contração em outubro, divergindo das expectativas do mercado, conforme demanda global arrefece e limita exportações chinesas. Novos estímulos foram anunciado no setor financeiro, compensando o sentimento negativo local. Na Europa, enquanto aguardam FED, bolsas sobem, lideradas pelos setores de Saúde e Varejo, com empresas de ambos os segmentos surpreendendo positivamente nos resultados e revisando para cima guidance para os próximos trimestres.

Brasil
Desemprego no país recuou para 7,7%. Ontem, em reunião com Haddad e lideranças partidárias, Lula passou mensagens importantes sobre o fiscal em 2024, dizendo que a meta depende da aprovação do Congresso de projetos importantes para elevar a arrecadação, como PL das Offshore e Fundos Exclusivos, além de Juros sobre Capital Próprio e Subvenção do ICMS. Hoje, Copom decide sobre juros no país. Espera-se mais um corte de 0,5 p.p., levando a Selic a 12,25%.

Abertura
Na abertura, o índice DXY tem leve avanço, futuros em Wall Street recuam e juros das Treasuries avançam. Petróleo sobe antes de Fed e de olho em Gaza. Minério de ferro também avança, com novos estímulos financeiros na China.

O que esperar
Com exterior misto, podemos ver a bolsa local beneficiada pela alta das commodities, enquanto aguarda decisões do FOMC e do Copom. Itaú propôs aos acionistas divisão do banco, em busca de mais eficiência. Temporada de balanços aqui segue firme.

Dados de mercado

- Ibovespa (Fec): +0,54%
- SP500 (Fec): +0,65%
- Dow Jones (Fec): +0,38%
- Nasdaq (Fec): +0,48%
- Nikkei (Fec): +2,41%
- SSEC (Fec): +0,14%
- CSI (Fec): -0,04%
- FTSE (Abe): -0,11%
- DAX (Abe): +0,12%
- CAC (Abe): +0,07%
- Dólar: R$ 5,04
- BTC (Abe): US$ 34.380

Agenda do dia

- EUA: PMI Indústria
- EUA: Jolts
- EUA: FOMC
- Brasil: Produção Industrial
- Brasil: Copom

Ótima quarta-feira!

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