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Carteira Recomendada | Retorno | Novembro

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Gabriela Joubert

Publicado 01/nov13 min de leitura

Cenários pós eleição

A eleição foi definida, mas a incerteza sobre o cenário econômico deve permanecer até termos mais detalhes sobre como iniciará o próximo governo. Uma vitória apertada e um congresso mais de centro-direita vão trazer desafios para o novo governo eleito. O mercado aguarda a definição de nomes, principalmente para liderar a economia, e como será resolvido o imbróglio do orçamento 2023. A preocupação de curto prazo é com relação aos gastos extra-teto, principalmente para acomodar o Auxílio Brasil. Propostas de despesas acima de R$100 bilhões além do teto podem trazer preocupação com relação à intenção do governo de, de fato, manter a responsabilidade fiscal.

Trajetória de queda da inflação e dos juros. No curto prazo, o cenário permanece benigno com a queda da inflação e superavit fiscal esperado de 1,1% do PIB no ano. O Copom manteve a Selic em 13,75% na reunião de outubro, dando mais ênfase ao risco fiscal e incertezas do cenário externo. Com a indefinição sobre o arcabouço fiscal, a Selic pode permanecer elevada por mais tempo. A inflação continua dando sinais de queda, tanto pela medida de núcleos como pela inflação ao produtor, mostrando a redução de pressões inflacionárias na indústria. No entanto, propostas de novos gastos podem estimular a demanda e manter a inflação mais elevada, exigindo que o aperto monetário seja mais longo.

Desempenho Out/22 | Carteira diversificada ajudou a navegar por mares agitados em outubro

Mesmo com a volatilidade e desafios do mês de outubro, o Ibovespa encerrou em alta de 5,45% no mês, enquanto nossa carteira avançou 8%, beneficiada pelo desempenho de SBSP3, que subiu 21% no mês, e pela BBSE3, que manteve sua rota de valorização já observada em todo 2022.

O setor financeiro foi um dos bons contribuintes para o retorno acumulado do nosso portfólio com BBSE3 e ITSA4 avançando cerca de 11% cada, na expectativa de bons números para a temporada de resultados.

Na ponta negativa, a VALE3 recuou 6,8% no mês, pressionada por dados mais nebulosos na China e provável arrefecimento da demanda, em especial a siderúrgica, o que poderia comprometer não só o apetite por minério de ferro, mas também os preços das commodities nos mercados internacionais.

Após avançar 29,6% em setembro, CYRE3 andou de lado, subindo 1,4%, motivada pelo forte avanço no último dia do mês, com bom desempenho de todo o setor de construção.

Fonte: Inter Research e Bloomberg.

Carteira Nov/22 | Diversificação e foco no mercado doméstico

Para novembro, estruturamos uma carteira com foco na diversificação e maior exposição ao cenário doméstico, tendo em vista os bons indicadores da economia, a temporada de resultados do 3T22 e os desafios no cenário internacional, especialmente para as exportadoras.

Nesse sentido, mantivemos a GGBR4 representando as Siderúrgicas, considerando sua diversificação geográfica e boa expectativa para os resultados do 3T. Incluímos a PRIO3 no segmento de Óleo e Gás, após os excelentes resultados reportados nos 9M22 e as boas expectativas para o restante do ano.

No setor financeiro, mantemos BBSE3 representando as seguradoras, mas substituímos ITSA4 por ITUB4, o bestin class dentre os incumbentes.

No segmento de Varejo e Consumo, voltamos com ASAI3, após o bom resultado do 3T22 e revisão positiva do guidance. Seguimos também com LREN3, empresa consolidada e líder no setor. Para o setor de Saúde, seguimos com RDOR3, mesmo com os efeitos de curto prazo que podem afetá-la com o novo piso da Enfermagem.

Seguindo com nossas aposta na Construção, mantivemos CYRE3, ressaltando sua resiliência e diversificação. MULT3 também continua no segmento de Shoppings, com o bom momento do mercado doméstico e a queda da inflação aliviando a renda das famílias.

No setor de Utilities, mantemos ENBR3, que mais uma vez trouxe forte resultado, mas realizamos nossa posição com SBSP3.

Fonte: Bloomberg e Inter Research*, em 31/10/2022

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