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Carteira Recomendada | Retorno | Abril 2023

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Gabriela Joubert

Publicado 03/abr

Carteira atualizada mensalmente com objetivo de superar o índice Ibovespa, a partir de uma alocação diversificada composta por 10 ações dos setores mais relevantes da Bolsa. Os ativos são selecionados pela análise de nossa equipe, podendo ou não ter mudanças de acordo com a estratégia/visão de nossas analistas.

Para abril, estamos retirando ENBR3, ITUB4, BBSE3 e incluindo SAPR11, BBAS3 e BRPR3. Em ENBR3, já não observamos tanto upside para os papéis após o ajuste ao prêmio ofertado pela OPA. Para o Itaú (ITUB4) preferimos trocar por Banco do Brasil (BBAS3) onde enxergamos um perfil mais defensivo frente ao cenário de elevada inadimplência atual no varejo bancário. Incluímos Sanepar (SAPR11), que esperamos boas notícias vindas de uma possível revisão tarifária e que mostra múltiplos descontados frente aos pares. Por fim, incluímos BRPR3, onde enxergamos oportunidades com a OPA.

Fonte: Bloomberg e Inter Research*, em 31/03/2023

Tudo em todo lugar no mesmo mês

Cenário Macro

O mês de março não apresentou nenhuma mudança significativa no cenário econômico. Estamos no escuro em relação à atividade econômica, uma vez que o IBGE alterou a metodologia para o cálculo dos indicadores setoriais e os dados referente a janeiro serão divulgados apenas em abril. De toda forma, os sinais são de desaceleração. A produção de automóveis, uma boa aproximação para a produção industrial, está em patamares muito abaixo da média histórica, refletindo menor demanda, o que levou a diversas fábricas a darem férias coletivas ao longo de fevereiro e março. Além disso, a desaceleração na concessão de crédito já é notável, com as concessões recuando 9,5% apenas em fevereiro. O cenário da inflação também permanece inalterado. Observamos pressões altistas em janeiro e fevereiro que devem impactar o resultado de março, principalmente pelo lado de combustíveis e higiene pessoal. Ainda assim, o IPCA-15 de março deu sinais de continuação do processo de desinflação, mas com uma persistência inflacionária mais elevada.

Bolsas

O fechamento positivo do índice na última semana do mês não foi suficiente para estancar as perdas de quase 3% em março, e que levaram o Ibovespa aos 101 mil pontos, com uma queda de 7,16% no acumulado de 2023. Pesando sobre o índice, as incertezas quanto à divulgação do arcabouço fiscal – que ocorreu apenas no dia 30/03 – bem como a postura mais dura do Banco Central tanto em sua decisão que manteve a Selic em 13,75% como na Ata do COPOM contribuíram para o recuo no mês.

Lá fora, a crise bancária e ameaça de um efeito sistêmico assustaram, mas foram rapidamente controladas pela atuação em conjunto dos bancos centrais. A inflação voltou ao radar dos investidores e dos governos, com lenta desaceleração. Na Ásia, a recuperação, mesmo que em ritmo menor que o esperado, da China ajudou nas commodities que também avançaram com a dissipação da aversão ao risco nos mercados globais.

Alocação & Desempenho

Desempenho Mar.23

O Ibovespa encerrou o mês de março com queda de 2,02% e nossa carteira reportou desempenho negativo de 3,5%, contudo em 2023 ainda estamos com desempenho superior em 2,68 p.p. ao Ibovespa. Neste mês a carteira foi impactada pelo ambiente de elevada volatilidade nos mercados e os papéis que mais pesaram para a queda foram: PSSA3, CRFB3, CSNA3, BEEF3, CYRE3 e BBSE3. As companhias do segmento de seguros acabaram sofrendo com a maré de pessimismo do setor financeiro. Já as ações da CSN passaram por forte volatilidade e reduziram perdas após anúncio de acordo entre acionistas e pagamento de R$ 2,3 bilhões em dividendos. No Carrefour, o recente resultado do 4T não agradou além do varejo estar vivenciando também um momento de aversão ao risco, mas seguimos preferindo companhias do segmento alimentício no setor. A Minerva passou por um mês volátil, após se recuperar com a liberação das importações de proteína da China, voltou a cair com o mercado mais averso com preocupações com a China.

O destaque positivo do mês ficou para as ações da Energias do Brasil, que se beneficiaram da oferta pública de aquisição proposta pela sua controladora portuguesa.

Alocação

Para abril, estamos retirando ENBR3, ITUB4, BBSE3 e incluindo SAPR11, BBAS3 e BRPR3. Em ENBR3, já não observamos tanto upsidepara os papéis após o ajuste ao prêmio ofertado pela OPA. Para o Itaú (ITUB4) preferimos trocar por Banco do Brasil (BBAS3) onde enxergamos um perfil mais defensivo frente ao cenário de elevada inadimplência atual no varejo bancário. Incluímos Sanepar (SAPR11), que esperamos boas notícias vindas de uma possível revisão tarifária e que mostra múltiplos descontados frente aos pares. Por fim, incluímos BRPR3, onde enxergamos oportunidades com a OPA.

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