Carteiras


Carteira Recomendada | ETFs Índices Globais | Agosto 2023

GAbi Joubert perfil 2

Gabriela Joubert

Publicado 01/ago

A Carteira Índices Globais (Carteira ETFsClássica) é uma carteira direcionada para investimentos nos mercados globais, trazendo oportunidades para uma alocação estratégica àqueles que buscam diversificação por meio dos principais índices disponíveis no exterior, via ETFs(Exchanged Traded Funds) – fundos de investimentos passivos, negociados em bolsas e que, geralmente, replicam uma cesta de ativos ou um índice de mercado.

Alocação & Desempenho

Desempenho julho

A carteira ficou 0,5 p.p. acima do benchmark, fechando com avanço de 2,1%. Destaque positivo ficou por conta dos ativos atrelados a Equity, beneficiados pelo cenário de juros nos Estados Unidos. A maior alta foi do IYF (+5,6%) recuperando as perdas do ano após o alívio trazido pelo teste de estresse do FED, seguido pelo IVV, que subiu 5,5%. Também vimos o ECH performar positivamente, com alta de 4,9% no mês e o IYW avançar 4,6%, refletindo o ainda bom momento das empresas de tecnologia.

Na ponta negativa, o EWY (Coreia do Sul) recuou 0,6%, com papeis de tecnologia pesando em virtude dos constantes conflitos entre China e Estados Unidos. Os papéis de Renda Fixa também tiveram desempenho negativo no mês, com mercado reacessando decisão do FED e falas de Powell ao longo do mês.

Alocação

Na alocação de agosto, na parte de Renda Fixa mantivemos nossa exposição inalterada ao mix de ativos de diferentes durations, visando o balanceamento do portfólio e captura de oportunidades em todos os segmentos. Já no Equity, realizamos nossa posição em Japão (EWJ), enquanto reduzimos nossa exposição às Techs (IWY) de 12% para 10%, uma vez que começamos a ver riscos nos valuation esticados desde o início do ano. Elevamos de 10% para 12% nossa posição no setor financeiro norte-americano, seguindo a tendência de alta observada desde a conclusão do teste de estresse do FED. A novidade fica por conta da entrada de México (EWW) na carteira, representando nossa visão mais positiva para emergentes.

Vanguard Total Bond Market Index Fund ETF

BND | Medium-Term Bonds: ETF com exposição a vários índices de títulos de renda fixa. É apropriado para investidores que buscam baixa volatilidade com objetivos de médio/longo prazo e baixo custo de administração.

Fundamentos: Focado principalmente no mercado de bonds norte-americano, o BND busca replicar a performance de uma cesta vastamente representativa de títulos do governo dos Estados Unidos, seguindo índice ponderado pelo preço atual de mercado. A entrada na carteira busca dar exposição aos investidores aos principais títulos de dívida do governo americano em um ETF um pouco mais diversificado, mas trazendo um contraponto à exposição aos ativos de renda variável da carteira.

iShares 7-10 Year Treasury Bond - ETF

IEF | Medium-Term Bond: ETF com exposição a Treasury bonds americanos de médio prazo. Ele mira em um segmento específico do mercado de Treasury americano (7-10 anos), e é interessante para diversificar horizontes de tempo dentro de uma carteira de renda fixa.

Fundamentos: Com foco direcionado à performance dos preços e yields dos títulos de médio-prazo do governo norte-americano, o IEF entra para agregar mais opcionalidade ao portfólio, ainda no campo de renda fixa.

iShares 0 – 3 Month Treasury Bond - ETF

SGOV | Short-Term Bond: ETF com exposição a Treasury bonds americanos de curtíssimo prazo. Ele mira em um segmento específico do mercado de Treasury americano (0 – 3 meses), trazendo, portanto menor duration e menor volatilidade.

Fundamentos: Trazemos o SGOV ao portfólio visando os investidores que buscam uma alocação de curtíssimo prazo e menor volatilidade, enquanto ainda trabalhamos com o patamar de juros dos Estados Unidos em nível acima do histórico.

Vanguard Short-Term Corporate Bond ETF

VCSH | Short-Term Bond: ETF com a maior parte de sua exposição em títulos de empresas high-grade (alta qualidade). O ETF oferece uma volatilidade moderada a baixo custo e serve para investidores com objetivos de curto prazo (1-5 anos).

Fundamentos: pensando na exposição a títulos de renda fixa, mas prezando a diversidade dos investimentos, optamos pela inclusão de um percentual do portfólio em títulos de dívida corporativa. O VCSH replica a performance do Barclays Capital U.S. 1-5 year Corporate Bond Index, Índice de Bonds Corporativos do Barclays, e traz papéis de dívidas de empresas sólidas como Microsoft, Dell International, bem como grandes bancos como Bank of America, JP Morgan e Goldman Sachs

iShares: US Tech ETF

IYW| Equity: ETF com exposição às empresas de tecnologia no EUA, investindo nos segmentos de eletrônicos, software, hardware e em companhias de tecnologia da informação.

Fundamentos: O mercado americano investe bilhões de dólares anualmente neste setor, no qual existem grandes e importantes empresas com foco em crescimento, qualidade, geração de caixa, especialização e expertise. O setor de tecnologia é demasiadamente grande e relevante, com importante potencial de crescimento.

iShares Core S&P 500 ETF

IVV| Equity: Tem como principal objetivo acompanhar o S&P que apresenta exposição em empresas americanas com grande capitalização e já estabelecidas no mercado junto com o a vantagem do baixo custo e eficiência fiscal do investimento via ETF.

Fundamentos: O IVV busca replicar a performance de preços e yields do S&P500, o maior índice de ações do mercado norte-americano. Como nossa estratégia de alocação inclui exposição a ativos globais, a presença de um ETF representativo das principais empresas norte-americanas passa a ser mandatória. O índice reflete ativos de companhias como Apple, Microsoft, Amazon e Google, além de Tesla, Berkshire Hathaway, United Health Group, J&J, ExxonMobil e outras, trazendo forte diversificação ao portfólio.

iShares MSCI Mexico

EWW| Equity: fundo que replica o principal índice acionário mexicano, contando com uma ampla variedade de empresas mexicanas, com exposição a diversos setores e segmentos, compondo nomes como America Movil, Grupo Banorte, Cemex, Walmart e outros

Fundamentos: Existem boas perspectivas para os países emergentes, uma vez que estas economias passam por momento de desaceleração da inflação e afrouxamento da política monetária. Além disso, Estados Unidos ainda passam por escalada de juros, com possibilidades de recessão. China e Europa lidam com expectativas de crescimento baixo, o que corrobora para a tese de emergentes. No que diz respeito ao Mexico, este tem vantagens como sua proximidade com os EUA, beneficiando ainda da tese de nearshoring, além do bom momento econômico e expectativas de crescimento acima de pares, o que deve se refeltir no mercado acionário mexicano.

iShares US Financial ETF

IYF| Financeiro EUA: O US Financials busca acompanhar os resultados do índice composto por ações dos EUA no setor financeiro com exposição também em seguradoras e empresas de cartão de crédito.

Fundamentos: considerando o momento de juros mais elevados na economia norte-americana e a possibilidade de resultados financeiros contribuindo para compensar a queda na demanda de outros negócios, incluímos o IYF no portfólio, aumentando a exposição aos grandes bancos dos Estados Unidos.

iShares U.S. Industrials ETF

IYJ | Equity: Tem como principal objetivo acompanhar as principais empresas industriais do mercado americano.

Fundamentos: O IYJ é um ETF que acompanha as maiores empresas industriais dos Estados Unidos, trazendo exposição a um grande setor da maior economia do mundo. Dentre as grandes empresas do índice, temos GE e Boeing, com valor de mercado considerável, tradicionais e importante geradoras de caixa. Com a proximidade do fim do ciclo de alta nos Estados Unidos, setores mais sensíveis aos juros, como a indústria, devem responder positivamente ao longo do ano.

iShares U.S. Home Construction ETF

ITB | Equity: : É um ETF que tem como objetivo se expor ao setor de construção civil/imobiliário de empresas americanas.

Fundamentos: O setor de construção civil do EUA é um dos maiores do mundo e sofreu com a política monetária restritiva do FED em vigor desde o ano passado. Contudo, temos observado reversão na tendência negativa do setor de Real Estate norte-americano, que se mostrou resiliente e mais consolidado, diferentemente do que vimos na Crise do Subprime em 2008-09. Além disso, o cenário de possível pausa no ciclo de alta dos juros até o fim do ano traz um driver positivo a mais para o segmento.


Compartilhe essa notícia

Receba nossas análises por e-mail