/ Voltando ao cenário do fim do ano, no qual os mercados globais vinham precificando impactos significativamente restritivos na economia advindos dos movimentos de elevação de juros por parte dos bancos centrais, fevereiro mostrou um mês de queda dos índices norte-americanos e asiáticos. No contrário, apenas as bolsas europeias que ainda colhem os benefícios de um cenário menos pior que o precificado anteriormente.
/ Nos Estados Unidos, o PCE, indicador de inflação que o Fed acompanha mais de perto, acumula alta de 5,4% nos últimos 12 meses, com seu núcleo mantendo-se elevado, acumulando alta de 4,7%, no período. Assim, aumenta a expectativa para a próxima reunião em março de que o Fed eleve a taxa de juros e possa chegar a uma taxa terminal de 5,5% a depender da força do mercado de trabalho, podendo esta se manter em patamar mais alto por mais tempo.
/ Após o fim da política de tolerância zero contra a Covid, observamos normalização quase completa da mobilidade chinesa, com os tráfegos aéreo, rodoviário e metroviário se aproximando dos patamares pré-pandemia. Entretanto, ainda não se vê impacto econômico. Uma boa proxy é que as commodities não tem reagido à reabertura chinesa, indicando uma demanda ainda enfraquecida.
/ Com um inverno menos rigoroso que o antecipado, a Europa parece ter evitado uma recessão em grande escala. Dados recentes sugerem que uma recessão aguda não está tão próxima quanto o antecipado, o que pode prolongar o fôlego no rally europeu.
Foco em setores mais defensivos
/ Para março, optamos por manter os ativos praticamente inalterados, exceto pela saída de COPH34 para a entrada de DEEC34, visando aumentar nossa exposição a um setor que deve ser beneficiado ao longo de 2023, conforme as restrições na cadeia de suprimentos global arrefecem. No entanto, mativemos a FSLR34 representando o setor de energia renovável.
/ Desta forma, representando as indústrias, além de DEEC34, mantivemos GMCO34 em razão de seu posicionamento quanto ao veículos elétricos, além do efeito esperado nas margens com a normalização da crise de semicomponentes.
/ No segmento financeiro, mantemos JPMC34 e GSGI34, após os dados da temporada de balanços, pois vemos perspectivas menos piores para ambos os bancos quando comparado aos pares.
/ Representando as companhias de tecnologia, seguimos com MSFT34, pelo seu perfil defensivo na carteira, mas também pelos recentes avanços na nova guerra tecnológica da AI. No Varejo, seguimos com COCA34 e PGCO34.
/ Neste momento, optamos por seguir com DISB34 na carteira, seguindo os resultados apresentados no 4T22 e ancorados na força da marca para navegar o cenário macroeconômico mais adverso.
/ Por fim, em Saúde, mantivemos MRCK34.