Prêmio de risco: vai correr esse risco?
As recentes interferências do governo nas estatais coloca mais uma vez a disucssão da relação risco e retorno em destaque. Por isso, no Inter Dica de hoje vamos abordar um tópico importante para o assunto: o Prêmio de Risco.
O prêmio de risco representa a diferença do retorno esperado de um ativo para um ativo sem risco (ou quase sem risco). Ou seja, ele representa quanto de retorno “extra” um investidor espera para tomar o risco de um ativo. Hoje, vamos abordar dois dos principais prêmios de risco: o prêmio de risco de mercado (ou ERP, do inglês Equity Risk Premium) e o prêmio de risco país (ou CRP, do inglês Country Risk Premium).
Começando pelo prêmio de risco do mercado, ele mede quanto de retorno adicional um investidor espera ter para tomar o risco de investir em uma carteira de mercado altamente diversificada. O ERP é calculado pela diferença do retorno esperado do ativo livre de risco (Rf) e o retorno esperado da carteira de mercado (Rm). Assim temos que:
Já o prêmio de risco país, também conhecido somente como risco-país, representa o retorno adicional que o investidor espera receber para investir em um país com mais risco em detrimento de um com risco (quase) zero. O CRP é calculado pela diferença do retorno esperado do título de um país (Ra) e de um mercado maduro (REua), como os EUA. Por conseguinte, temos que:
Bom, mas qual a relação entre as interferências do governo nas empresas estatais e os prêmios de risco? Basicamente, o aumento da incerteza sobre o futuro dessas Companhias faz com que os investidores demandem um retorno adicional para investir nesses ativos e também no Brasil, levando a um aumento dos retornos requeridos pelos investidor para compensar o aumento do risco desses ativos e de se investir no Brasil. Todo esse movimento, leva também a um aumento da taxa de desconto e, por consequência, uma queda no preço-justo da ação, levando investidores a venderem suas ações.
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