O Beta é uma medida de volatilidade, ou o chamado risco sistêmico, de uma ação ou portfólio comparado ao mercado onde este ativo está inserido. Em outras palavras, o Beta mostra quão sensível é um ativo em relação aos movimentos do mercado onde ele está sendo negociado. Ele é calculado dividindo a covariância do produto dos retornos dos ativos pela variância do retorno total do mercado.
Parece difícil, mas veja por este lado: na teoria, se uma ação tem um Beta = 1,5, quando o mercado subir 1%, ela vai subir 1,5x o percentual do mercado, ou seja, 1,5%. Do mesmo modo, quando o mercado cair 2%, ela vai cair 1,5 x 2%, ou seja, 3%. O Beta nos ajuda a entender melhor como uma ação se comporta com relação ao mercado. Se ela vai subir, quando o mercado sobe ou se, ao contrário, ela vai cair (ou até mesmo se não há relação nenhuma dela com o mercado). Em suma, o Beta pode significar:
• Beta = 1: o ativo é fortemente correlacionado com o mercado;
• Beta > 1: o ativo é mais volátil que o mercado;
• Beta < 1: o ativo é menos volátil que o mercado;
• Beta < 0: o ativo é inversamente correlacionado ao mercado (raro, mas pode acontecer);
Quando montamos um portfólio é importante entendermos que ativos com diferentes betas poderão minimizar o risco de mercado em nosso portfólio. Uma ação com um beta próximo de 1, vai seguir os movimentos do mercado de perto, subindo conforme ele sobe e caindo conforme ele cai. Ao inserir uma ação com beta negativo, por exemplo, sabemos que este ativo irá se movimentar contrário ao mercado, subindo quando ele cai e vice-versa (chamamos este tipo de ativo de defensivo). Enfim, quando escolhemos os ativos para nosso portfólio, além de buscarmos diversificação, vale a pena olhar se o Beta do mesmo agrega para diminuir o risco ao qual estamos expostos.