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Inter Dica | Qual a real rentabilidade da poupança?

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Rafael Winalda

Publicado 26/ago5 min de leitura

Embora nos últimos seis meses a captação líquida (Entradas menos Saídas) da poupança tenha sido negativa - seja pela alta da inflação, pelo aumento do endividamento das famílias ou outros fatores, o saldo da poupança continua em um dos seus maiores patamares, com mais de R$ 1 trilhão investidos neste ativo. Mas, você sabe qual a rentabilidade real da poupança hoje?

O retorno da poupança é composto por duas regras simples:

• 0,5% ao mês, quando a taxa Selic ao ano for superior a 8,5%; ou

• 70% da taxa Selic ao ano, enquanto essa for igual ou inferior a 8,5%.

A poupança hoje é a forma de investimento preferida dos brasileiros em razão do contexto histórico inserido na mentalidade e cultura do país, que não conta com uma população poupadora. Além disso, durante muitos anos poucas eram as opções de investimentos no sistema bancário para aqueles que dispunham de recursos para aplicar. Contudo, apesar da praticidade, familiaridade dos investidores e isenção de imposto de renda (IR), existem hoje aplicações tão seguras quanto, mas com retornos mais atrativos. Por exemplo, um investimento em um título de renda fixa privado com liquidez diária, remunerando 100% do CDI (lembrando que o CDI é uma taxa muito próxima a Selic), a depender do emissor, pode oferecer segurança semelhante, principalmente se considerarmos que valores até R$ 250 mil são garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Mesmo considerando a incidência de imposto de renda (IR), o rendimento líquido é, geralmente, mais atrativo, além de contar com os juros compostos diariamente, enquanto na poupança essa rentabilidade é mensal. O mesmo raciocínio se aplicaria para um investimento em um título do governo. Por exemplo, um ativo IPCA+ (inflação mais uma porcentagem fixa), contaria com uma alta segurança de pagamento no vencimento e, mesmo com o IR, o rendimento ainda é maior e diário.

No gráfico abaixo vemos que o rendimento da poupança nos últimos dez anos é inferior à inflação no período. Além disso, vemos que o rendimento mensal do IMA-B supera, e muito, o rendimento acumulado da poupança.

Considerando uma aplicação inicial de R$ 10 mil a partir de julho de 2012, quando a atual regra da poupança foi empregada, até julho de 2022, e aplicando outros R$ 200 mensalmente, como teria sido a evolução do patrimônio, considerando a poupança, CDI, IPCA e o IMA-B?

É valido lembrar que em CDI, IPCA e IMA-B aplica-se alíquota de imposto, considerando a tabela regressiva de IR. Todavia, é visível a diferença entre a rentabilidade dos investimentos.

Apesar da volatilidade que alguns destes investimentos possa trazer, ainda assim vemos como melhores opções ao investimento na conta tão querida dos brasileiros. Lembramos, porém, que mais que alocar seus recursos em ativos de maior rentabilidade, é preciso atentar ao seu perfil de risco, estratégia e, acima de tudo, manter um portfólio diversificado, sendo esta a melhor estratégia para qualquer investidor.

Gostou? Fique ligado para mais dicas!


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