Tradicionalmente, uma empresa sempre foi vista e avaliada com base na sua capacidade de atender os interesses dos seus shareholders, ou seja, de gerar valor aos acionistas por meio da maximização da geração de caixa e distribuição de lucros.
No entanto, com o aprimoramento das discussões sobre o papel de uma companhia na sociedade, entende-se hoje que aqueles que compõem sua base acionária são apenas uma das diversas partes interessadas nela, ou seja, daqueles que são considerados seus stakeholders.
Classificados entre os internos e externos, os stakeholders das companhias compreendem desde os seus funcionários até comunidades ou setores das sociedades que, de alguma forma – seja positivamente ou negativamente –, são afetados ou estão vinculados às atividades realizadas pela empresa.
Por definição, os stakeholders incluem desde os investidores em i) ações (shareholders) ou; ii) dívida (bondholders); até os iii) funcionários da companhia; iv) os fornecedores interligados ao seu negócio e; v) os clientes que compram e utilizam os bens/serviços que a empresa fornece.
Recentemente, em meio à crescente atenção à responsabilidade social, o conceito também se estendeu às vi) comunidades; vii) governo e; viii) associações de classe.
Dessa forma, ao atender os interesses de uma diversa gama de agentes – que inclusive podem ser conflitantes – o papel de uma empresa na sociedade se tornou cada vez mais amplo, responsivo e transcendente ao espectro específico do acionista.
Logo, exige-se atualmente de uma corporação não apenas sua capacidade de gerar valor ao shareholders, mas sim à todas as partes envolvidas, ou seja, seus stakeholders.
Como consequência, discussões sobre a atuação das companhias no campo social – a letra “S” do ESG – tornaram-se cada vez mais frequentes e, hoje, são contempladas em teses de investimento e tomadas de decisão.
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