SUZB3 - Suzano

R$65,61

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09 de dezembro, 00:00:49 UTC · BRL · BVMF

Recomendação

Compra

Preço atual

R$ 65,61

Preço-alvo

R$ 63,00

Upside

-4,0%

Informações

Último fechamento

R$ 0,00

Variação do dia

R$ 65,20 - R$ 65,98

Porcentagem de Lucro

1,18%
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Tese de Investimento

A Suzano lista entre as maiores produtoras de celulose de fibra curta no mundo, com capacidade anual de 10,9Mt, atuando principalmente no mercado chinês, assim como na comercialização de papel cartão, imprimir e escrever e papel para fins sanitários no Brasil. Sua liderança permite acessar mercados e clientes diversos, com vantagem competitiva de preços e custo operacional. Os investimentos em P&D têm aberto novas portas para a companhia, como a parceria com a Spinnova, para fabricação de fibra têxtil, biocombustível e mercado de carbono. Por fim, o projeto Cerrado deverá adicionar 2,55Mt à capacidade da companhia, com o menor custo caixa de produção da indústria.

Análise completa

Inter Research - Suzano - Resultado 1T23.pdf

Resultado sofre com sazonal e demanda fraca, mas margens seguram

Os resultados da Suzano para o 1T23 trouxeram volumes de vendas abaixo do esperado, refletindo efeito de um trimestre sazonalmente mais fraco, de fato, mas mostrando uma tendência de queda nos mercados internacionais para a celulose. Os preços da principal commodity negociada pela companhia também mostraram claros sinais de pressão, vinda principalmente da China, onde a demanda mostrou sinais de recuperação em março, mas ainda traz dúvidas para 2023. No entanto, do lado positivo, a queda nos custos dos insumos contribuiu para que a compressão nas margens não fosse tão expressiva quanto o observado nas receitas.

O volume de vendas de celulose recuou 11% t/t, mas subiu 3% ante o 1T22, fechando em 2.455 kton. O preço realizado avançou 13% a/a, mas já mostrou recuo também de 13% t/t, ficando em US$ 721/t, resultado de um cenário mais difícil com China ainda retomando, mas em velocidade menor que o esperado, e demanda global sentindo efeitos das políticas monetárias mais restritivas no consumo. Com estas implicações, vimos avanço na comparação anual nas receitas do segmento, que subiram 15%, a R$ 9.201 mm, mas recuaram 23% t/t. Com o custo caixa em linha como 4T22, ficando em R$ 937/t, a companhia reportou um EBITDA para a operação em R$ 5.336 mm, 23% menor que o 4T22 (+17% a/a).

Já para o papel, vimos volumes de vendas recuarem para 280 kton (-17% t/t e -10% a/a), também pelo efeito da sazonalidade, mas também pela estratégia da companhia de recomposição de estoques, em especial pelas paradas programadas que acontecerão no 2T23. Os preços, no entanto, seguiram em tendência altista, fechando em R$ 7.408/t, refletindo os aumentos de preços implementados ao longo do período. O EBITDA da operação, por sua vez, fechou em R$ 818 mm, 9% menor t/t, mas 48% maior que o 1T22.

No consolidado, as receitas da Suzano fecharam em R$ 11.276 mm, queda de 22% t/t, apesar da alta de 16% a/a. Os custos recuaram 12% ante o 4T22, em R$ 5.969 mm, levando a um EBITDA de R$ 6.155 mm, recuo de 25% versus o 4T22 (+20% a/a). A margem EBITDA Aj, porém, ficou em 55% versus os 57% do 4T22.

Após um 2022 forte, devemos ver número mais acomodados em 2023 sendo afetados, por um lado, pela demanda global mais fraca, reduzindo consumo em economias desenvolvidas, em especial Europa e América do Norte, e pelo outro pelo menor apetite no mercado chinês que ainda reacesa real ritmo de recuperação econômica. Esperamos também pressões nos preços da celulose, já observado ao longo do 1T23 e ganhando força em março. No quesito custos, poderemos ver arrefecimento nos preços dos insumos, ajudando a manter as margens em patamares saudáveis.

Dessa maneira, estamos revisitando nossos modelos para as companhias no setor e, por ora, mantemos a recomendação de Compra para SUZB3, com preço-alvo ao fim de 2023 em R$ 64/ação.

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Gabriela Joubert

CNPI, Series 7, SIE, Chief-Strategist

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