Na semana passada, a B3 divulgou que o segmento de fundos imobiliários alcançou dois milhões de cotistas. O segmento começou a ganhar relevância em 2019, quando o cenário brasileiro apresentava taxa de juros mais baixas e menor aversão ao risco e o mercado evolui com a maior disponibilidade desta nova classe de ativos. Com juros mais baixos, vimos aumentar o apetite por ativos de renda variável e a possibilidade de maior retorno, e dentre estes ativos, os FIIs entraram na preferência dos investidores devido a uma característica importante: o pagamento mensal de dividendos isento de imposto de renda, um forte atrativo para quem tem como hábito investimento em imóveis, sejam eles residenciais, comerciais ou outros. Os FIIs dão ao investidor a opção de investir em diferentes classes de ativos imobiliários, sejam eles os Fundos de Tijolos, que incluem imóveis comerciais, galpões logísticos, shoppings ou até imóveis residenciais, ou os Fundos de Papel, que incluem fundos de fundos e fundos de títulos imobiliários (recebíveis), permitindo a diversificação com um valor relativamente mais baixo. Os gráficos a seguir demonstram a evolução recente do apetite por este tipo de investimentos:

Além disso, ao contrário das ações, o segmento de FIIs tem, em sua maioria, investidores pessoas físicas e investidores internacionais, sendo esta uma característica exclusiva dessa classe de ativo.

Apesar do recente movimento de alta dos juros ter afetado a dinâmica do setor e elevado o custo de oportunidade dos investimentos de renda variável, quando observamos o histórico do indicador P/VP (preço sobre o valor patrimonial), podemos observar que o nível atual se encontra a 1 desvio abaixo da sua média histórica, ou seja, no geral os ativos estão sendo negociados em patamar abaixo de seu valor histórico.

Comparando o mesmo dado acima com a taxa Selic, observamos que o indicador P/VP tem uma relação inversa à taxa juros. Em nossa visão, entendemos que o mercado está colocando um forte desconto em relação ao valor patrimonial dos fundos, podendo ser este um bom ponto de entrada para investidores de longo prazo, visando não apenas o ganho de capital via valorização das cotas, mas também o ganho via renda periódica adicional. Para mais informações sobre fundos, acesse nossa carteira recomendada!