Dura como diamante
A Vivara divulgou sólidos resultados no trimestre, impulsionada pela expansão de receita e evolução de margem bruta. A companhia segue com seu plano de expansão para 2022 contratado e as perspectivas de inaugurações incluem aproximadamente 70 aberturas no ano. Sem rivais à altura no mercado de joias brasileiro, acreditamos que a companhia tem razões para continuar otimista nos próximos meses. A retomada de celebrações (casamentos/nascimentos) também corrobora para a resiliência dos resultados, mesmo em cenário macroeconômico adverso. Reforçamos nossa recomendação de compra, com preço alvo de R$29/ação para o fim de 2023.
A receita bruta, líquida de devoluções, atingiu R$ 481 mm (+17,2% a/a). O canal físico contribuiu com R$ 423 mm (+21,8% a/a), efeito da expansão orgânica de lojas Vivara e Life. As vendas digitais foram impactadas pela migração do online para o físico, fruto do fim das restrições e retomada das atividades sociais/comerciais. No 3T22, as vendas digitais foram responsáveis por 11,4% da receita total, chegando a R$ 55 mm (-8,4% a/a). A margem bruta do trimestre atingiu 68,4% (+0,7 p.p. a/a), alinhada aos patamares saudáveis de rentabilidade da companhia, sobretudo se considerarmos o contexto de valorização das pedras e metais preciosos nos últimos anos. Em nossa visão, a eficiência em custos é reflexo de um excelente mix de produtos, aliado à adequação de estoques entre as categorias. Esse impulso pode ser obtido graças ao maior volume de produção internalizada, fator que a difere entre os peers.
As despesas operacionais totalizaram R$ 176 mm (+21,7% a/a), o equivalente a 44,8% da receita líquida, (+1,9 p.p. a/a). O aumento nominal das despesas se deu, principalmente: (i) despesas pré-operacionais das 19 lojas inauguradas no 3T22, bem como das lojas a serem inauguradas no 4T22; (ii) retomada dos serviços de manutenção de loja, que foram reduzidos ao longo de 2021; (iii) recomposição do quadro médio de colaboradoras por loja; e (iv) dos reajustes de preço, de frete e das operadoras de cartão, congelados durante o período de pandemia. Como consequência, a companhia registrou R$ 72 mm de EBITDA Ajustado (+7,5% a/a) e margem de 18,3% (-1,5 p.p. a/a). Em nossa visão, o desempenho tem sido bom no controle de custos e despesas, sobretudo se levarmos em conta o fim dos descontos, o aumento da produção própria e da alavancagem operacional decorrente do plano de expansão orgânico da companhia.
A companhia registrou Lucro Líquido de R$ 68 mm no 3T22 e Margem Líquida de 17,3%. O Lucro Líquido do período foi beneficiado pelo crédito de imposto diferido, em virtude do maior volume de produção da fábrica de Manaus e impactado pela maior despesa financeira do período, como efeito do menor caixa e maior taxa de juros na comparação dos períodos.
Por fim, a Vivara consumiu R$ 76 mm de caixa livre no 3T22, revertendo a geração de R$ 45 mm ante o último ano. Fato explicado pela retomada da operação e consequente aumento da alocação em capital de giro, sobretudo na conta Estoques, para abastecer o perído de Black Friday e Natal. O índice de dívida líquida/ EBITDA ajustado dos últimos doze meses foi de 0,3x e reflete a boa saúde financeira da Vivara no momento.
Avanços em ESG
- Não houve entrada em índices ou prêmios relacionados à agenda ESG.
- Não houve iniciativa relevante em sustentabilidade.
- Não houve iniciativa relevante no social.
- Não houve iniciativa relevante em governança.