Luz no final do túnel?
Recuperação de margem com novas vendas. A companhia entregou uma receita liquida de R$ 651 mm, impactada positivamente pelas provisões. Além disso, com a maior participação de vendas de novos empreendimentos (vendas 22/23 com margem bruta de 34% vs. 16,2% dos projetos mais antigos) a margem bruta reportada foi de 20,4% totalizando um lucro bruto de R$ 132,6 mm. Apesar das reduções das despesas operacionais, a alavancagem da companhia pesou (66% Dívida Líquida/PL) totalizando um prejuízo líquido de R$ 41,9 mm.
Venda de recebíveis vem trazendo alívio na geração de caixa. Juntando a Tenda (R$ 19,4 mm) e a Alea (R$ 18,9 mm), a queima de caixa operacional totalizou R$ 38,4 mm. Porém, com a inclusão da venda de recebíveis a companhia teve uma geração positiva de R$ 45,1 mm que, em nossa opinião, se torna uma operação necessária para o momento que a companhia vem passando.
FGTS e Pode Entrar.
Na primeira etapa do Programa Habitacional “Pode Entrar”, a construtora levou um total de 2.855 unidades, o que corresponde a um valor de R$ 577,1 milhões, faltando apenas a parte de due diligence para a finalização do processo. Apesar disso, aumentamos a cautela devido à incerteza das perspectivas para o setor de habitação de baixa renda, causada pela possível aprovação de mudanças na remuneração do FGTS já aprovada por dois juízes da Suprema Corte, o que pode prejudicar o programa MCMV.