A Taesa apresentou um desempenho regulatório neutro em seus resultados do 1T23, sem grandes mudanças. O EBITDA teve crescimento de 15% em relação ao 1T22 com a RAP reajustada, entrada operacional de novos projetos e a Parcela Variável do trimestre passado que foi revertida. Continuamos com nosso preço-alvo de R$ 40,00/unit para TAEE11, mantemos a sua recomendação em Neutra, por não enxergarmos triggers relevantes no momento e uma baixa oportunidade de ganhos no papel. Por outro lado, para uma carteira voltada para dividendos, TAEE11 permanece como uma boa opção.
Desempenho operacional. A companhia apresentou um EBITDA regulatório de R$ 522 mm no 1T23, crescimento de 15% a/a, e uma margem EBITDA de 87% (+0,9 p.p. a/a) explicado principalmente pela entrada operacional parcial de Sant’Ana, somado aos reajustes inflacionários do novo ciclo da RAP (10,7% para contratos corrigidos pelo IPCA e 11,7% nos contratos indexados ao IGP-M) e ainda uma melhor Parcela Variável (PV), devido a reversão da PV do 4T22 quando ocorreu a depredação de torres de transmissão da Novatrans em dezembro de 2022. Custos e despesas regulatórios registraram R$ 150 mm no trimestre, (+4,7% a/a) levando em conta o aumento com gasto de pessoal, dado o reajuste salarial do período e elevação do quadro com a entrada operacional de novos projetos. O resultado de equivalência patrimonial foi de R$ 92 mm no 1T23 (+217% a/a) em virtude da entrada em operação de ESTE, Aimorés e Paraguaçu, e parcial de Ivaí, além do reajuste da RAP. Por fim, o lucro líquido foi de R$ 215 mm (+47% a/a).
Dívida e investimentos. O endividamento líquido ao final do período somou um montante de R$ 8,3 bi, aumento de 17% em relação ao 4T22 devido a emissão de debêntures no valor de R$ 1 bi. O indicador de dívida líquida/EBITDA ficou em 3,9x, ante os 3,7x do 4T22. Os investimentos no trimestre somaram R$ 1,1 bi, com R$ 870 mm de indenizações pagas na assinatura do contrato de Saíra. Atualmente os projetos em construção são seis: Ivaí, Ananaí, Pitiguari, Sant’Ana (parcial), além de Tangará e Saíra, os dois novos lotes vencidos no leilão de transmissão 02/2022.