Água doce no 2T23
A Sabesp divulgou os seus resultados referentes ao 2T23, que, ao nosso ver, foram positivos. A companhia apresentou aumento de 2,6% em seu volume faturado total no trimestre, que somado ao impacto positivo de 11,9% de reajustes tarifários e uma menor elevação dos custos (desconsiderando PDI) resultou em um EBITDA de R$2,22 bi (+47% a/a). Nossas expectativas com a empresa seguem positivas, levando em conta a provável privatização, por isso mantemos recomendação de compra para SBSP3, com preço-alvo em R$ 65/ação, visando o final de 2023.
Desempenho operacional. Para o 2T23, a Sabesp reportou um volume total faturado de água em 557 milhões de m³ (+2,2% a/a), em conjunto com um volume faturado de 490 mm de m³ de esgoto (+3,1% a/a). Já o volume faturado total teve avanço de 2,6% quando comparado ao 2T22. O número de ligações de água teve avanço de 3,3% a/a para 10,2 mm e de esgoto apresentou variação positiva de 2,7%, para 8,7 mm.
Resultado consolidado. O EBITDA ajustado sem considerar os efeitos do Programa de Desligamento Incentivado, foi de R$ 2,22 bi (+47% a/a) no 2T23. Os custos e despesas foram de R$ 3,38 bi (+4,6%) sem considerar os custos de construção e provisão para o PDI. A Sabesp reportou um resultado financeiro de R$ 14 mm negativo contra R$ 324 mm negativo no 2T22, queda de 96% a/a devido a desvalorização do dólar e do iene frente ao real, o que afeta os empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira. Com isso, o lucro líquido apresentado pela companhia foi de R$ 744 mm, (+76% a/a). Retirando as variações cambiais o lucro foi de R$ 479 mm.
Endividamento e investimentos. O endividamento bruto apresentado pela Sabesp foi de R$ 18,7 bi, aumento de 2% em comparação com o 1T23. De seu endividamento consolidado, a Sabesp possui 87% em moeda nacional, e o restante em moeda estrangeira. O desembolso de caixa em investimentos no trimestre foi de R$ 945 mm.