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Revisamos as nossas estimativas para o ecommerce e atualizamos os nossos modelos de fluxo de caixa descontado de forma a incorporar a deterioração das nossas premissas macroeconômicas.
A desaceleração da economia brasileira exigiria um controle fiscal que não deve acontecer. O mercado reflete essas incertezas nas curvas de juros e revisões nas projeções de inflação, PIB, câmbio e confiança do consumidor. Como esses drivers macroeconômicos são fundamentais para o setor de varejo, suas deteriorações nos deixam com uma visão pessimista para os próximos meses. O que ameniza é a normalização das cadeias produtivas, regularizando a oferta de produtos e o abastecimento de matérias-primas. Também há maior previsibilidade operacional das companhias, melhorando os fluxos de caixa.
Desde a pandemia, os principais players do ecommerce adotaram a estratégia de inflar seus níveis de estoques, se precavendo do crescente aumento de preços e da ruptura da cadeia de suprimentos. Contudo o consumidor não foi as compras como se esperava, apreensivo com a espiral inflacionária que atingiu a linha branca, móveis e eletrônicos. O reflexo desse desequilíbrio já começou a aparecer, com as companhias enfrentando a dicotomia de repassar os preços e perder faturamento ou garantir a venda e pressionar a margem.
Nesse momento adverso, a concorrência de players estrangeiros (Amazon, Alibaba, Shopee etc.) é outro fator que aumenta o risco. Com operações em outros países e faturamento em dólar, a maior capacidade de canibalizar as margens e/ou investir em bens de capital (CAPEX) podem acirrar a competição em níveis não saudáveis para as empresas brasileiras.
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