Renda Variável


Revisão de Preço | Ecommerce

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Breno de Paula

Publicado 09/jan

3 por R$ 10

Revisamos as nossas estimativas para o ecommerce e atualizamos os nossos modelos de fluxo de caixa descontado de forma a incorporar a deterioração das nossas premissas macroeconômicas.

A desaceleração da economia brasileira exigiria um controle fiscal que não deve acontecer. O mercado reflete essas incertezas nas curvas de juros e revisões nas projeções de inflação, PIB, câmbio e confiança do consumidor. Como esses drivers macroeconômicos são fundamentais para o setor de varejo, suas deteriorações nos deixam com uma visão pessimista para os próximos meses. O que ameniza é a normalização das cadeias produtivas, regularizando a oferta de produtos e o abastecimento de matérias-primas. Também há maior previsibilidade operacional das companhias, melhorando os fluxos de caixa.

Desde a pandemia, os principais players do ecommerce adotaram a estratégia de inflar seus níveis de estoques, se precavendo do crescente aumento de preços e da ruptura da cadeia de suprimentos. Contudo o consumidor não foi as compras como se esperava, apreensivo com a espiral inflacionária que atingiu a linha branca, móveis e eletrônicos. O reflexo desse desequilíbrio já começou a aparecer, com as companhias enfrentando a dicotomia de repassar os preços e perder faturamento ou garantir a venda e pressionar a margem.

Nesse momento adverso, a concorrência de players estrangeiros (Amazon, Alibaba, Shopee etc.) é outro fator que aumenta o risco. Com operações em outros países e faturamento em dólar, a maior capacidade de canibalizar as margens e/ou investir em bens de capital (CAPEX) podem acirrar a competição em níveis não saudáveis para as empresas brasileiras.

Recomendamos outros segmentos dentro do varejo e/ou em outros setores à exposição ao ecommerce de nossa cobertura. Confira os preços-alvo!


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