Renda Variável


Raia Drogasil | Resultado 3T22

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Breno de Paula

Publicado 01/nov2 min de leitura

Faturamento em linha, mas margens acima do esperado

A Raia Drogasil divulgou resultados fortes no 3T22. O top-line veio em linha, mas com margens acima de nossas expectativas. A companhia já vem sendo favorecida pelo reajuste de medicamentos de 10,9% aprovado pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) para 2022, amenizando a pressão inflacionária. A estratégia de diversificação geográfica da sua rede de farmácias se mantém, com 82% das aberturas de lojas nos últimos 12 meses sendo fora do estado de São Paulo. Foram inauguradas 58 novas farmácias no 3T22 (39 aberturas líquidas), encerrando o período com 2.620 farmácias em operação, além de 5 unidades da 4Bio. Apesar da excelente qualidade da companhia, reiteramos nossa recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 27/ação.

A receita líquida reportada atingiu R$ 7.490 mm (+21,5% a/a), em linha com nossas expectativas. No trimestre, foi reportado um crescimento a/a de 16,7% nas vendas em mesmas lojas (SSS) e 14,6% nas lojas maduras. Os medicamentos foram o destaque do trimestre, com ‘Genéricos’ crescendo 24,9% a/a e ganhando 0,3 p.p. de participação no mix de vendas (vs. 3T21) e ‘Medicamentos de Marca’ crescendo 22,5%, com ganho de 0,9 p.p. no mix.

O lucro bruto totalizou R$ 2.225 mm (+22,5% a/a), com uma margem bruta de 29,7% (+0,3 p.p. a/a), acima de nossas projeções. As despesas com vendas totalizaram R$ 1.148 mm (+20,0% a/a) e o G&A alcançou R$ 283 mm (+38,9% a/a), levando o EBITDA para R$ 829 mm (+27,2% a/a), com margem de 11,1% (+0,5 p.p a/a e +1,4 p.p. vs. Inter Research). Já o lucro líquido ficou em R$ 220 mm (+38,8% a/a), com margem de 2,9% (+0,4 p.p. a/a), 0,5 p.p. acima das nossas expectativas, especialmente devido à margem bruta maior do que esperávamos.

Foi registrado um fluxo de caixa operacional de R$ 481 mm (ante R$ 252 mm no 3T21) e um fluxo de caixa livre de R$ 105 mm (vs. R$ 69 mm no 3T21), impactado pelo ciclo de caixa negativo de R$ 48 mm e CAPEX de R$ 332 mm.

Em relação ao endividamento, a companhia encerrou o trimestre com uma dívida líquida (ex-arrendamentos) de R$ 1.894 mm, com múltiplo DL/ EBITDA LTM de 0,4x. Já a dívida líquida considerando arrendamentos ficou em R$ 5.628 mm, com múltiplo DL/EBITDA LTM de 1,1x.


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