4T22 e expectativas melhores para 2023
O resultado foi marcado pelo menor volume de vendas da empresa, minando os resultados operacionais do trimestre (EBITDA de R$ 117 mm -47% a/a), uma vez que a Prio observou uma elevação no desconto de vendas, optando por estocar a produção. Todavia, acreditamos que estes números não refletem o potencial da empresa, uma vez que a produção segue crescendo, principalmente em Frade, o custo de extração segue caindo, menor patamar da história da empresa e os níveis do preço da commodity estão elevados. Além de Albacora Leste, que deverá compor o portfolio em 2023, alavancando os resultados operacionais. Diante disto, mantemos nossa recomendação de compra, com R$ 40/ação visando o final de 2023.
A produção total da Prio no 4T22 atingiu 47.621 barris ao dia, incremento de 47% a/a e 4% t/t. A empresa segue avançado na entrega de diversos campos, com grande destaque para Frade, 32,3 mil barris produzidos trimestre (+115% a/a e +15% t/t), explicado pelo início da produção do poço ODP4. Por outro lado, o destaque negativo foi para Polvo e TBMT, onde a produção foi de 14,6 mil barris ao dia, quedas de 5% e 10% a/a e t/t, respectivamente. Falhas em dois poços em novembro e dezembro prejudicaram o desempenho.
Custo de extração. A Prio, mais uma vez, atingiu o seu menor custo de extração, US$ 8,6/barril (-27% a/a e -9%). A empresa tem evoluído bastante na sua gestão de custos, bem como estratégias de revitalização dos campos e impulsionamento da produção, o que se desdobras em menores custos de extração.
Comercialização e vendas. No 4T22 a empresa destacou que observou um crescimento considerável no desconto de vendas, em decorrência do aumento do custo de frete gerado pelo redesenho da comercialização internacional, principalmente as rotas ligadas a Rússia. Assim, a Prio optou por realizar um volume de vendas menor, embora o avanço da produção. Diante disto, a receita operacional líquida do 4T22 foi reportada em R$ 185 mm (-42% a/a), devido ao menor volume de vendas. Lembramos que este resultado não espelha o potencial da empresa, visto a esta queda pontual das vendas.
Resultados operacionais. O EBITDA reportado foi de R$ 117 mm, queda de 47% a/a, em decorrência de quatro fatores: i) menor volume de comercialização; ii) queda do Brent 9% t/t e evolução de 11% a/a; iii) queda do custo de extração e iv) estabilização dos custos gerais. O lucro líquido, por sua vez, foi reportado em R$ 190 mm, +19% a/a, muito em decorrência de fatores contábeis, melhora do resultado financeiro e contabilização positiva de impostos a pagar em R$ 48 mm.
Endividamento. A empresa segue como caixa líquida (posição em caixa maior do que a dívida bruta total), em cerca de US$ 381 mm, ante ao US$ 255 do 3T22. A Empresa captou cerca de cerca de US$ 2 bi para financiar capital de giro, fazer frente a seus investimentos e concluir a aquisição de Albacora Leste.
Avanços em ESG
- Não foi divulgado no release a entrada em índices ou prêmios relacionados à agenda ESG.
- Não foi divulgado no release iniciativas referentes à agenda ambiental.
- A empresa destacou diversos projetos que atual, como Casa Irmã Dulce, Orquestra Neojiba e a restruturação do Hospital Umberto Primo.
- Não foi divulgado no release iniciativa referentes à governança.