Extraindo valor!
O 3T22 foi marcado por um excelente resultado. Destacamos três pontos importantes: i) a sétima queda consecutiva do custo de extração, atingindo a cifra de US$ 9,5 (quedas de 22,6% a/a e 14,7% t/t); ii) produção recorde de quase 45,8 mil barris ao dia (incremento de 44,7% a/a e 37,4% t/t) e; iii) elevado patamar do preço de venda, uma média de US$ 94,36, embora uma queda de 13% t/t, devido ao arrefecimento do Brent, ainda é uma expansão de 26,8% a/a, com um desconto frente ao Brent médio do período de US$ 3. Assim, com o somatório destes e outros fatores, a empresa apresentou um EBITDA recorde de US$ 285 mm, evolução de 160% a/a.
Diante disto, atualizamos o nosso modelo, incrementando os recentes resultados operacionais e com um leve aumento marginal em nossa expectativa para o preço médio do barril de petróleo para este ano, US$ 105 (+3%), o que nos retorna um novo preço alvo de R$ 40/ação visando o final de 2023 (versus os R$ 36/ação anterior), com uma recomendação de compra.
A produção total da Prio atingiu 47.766 no trimestre, incremento de 44,7% a/a e 37,4% t/t. A principal contribuição foi o Campo de Frade, onde teve incrível performance de mais de 28 mil barris ao dia (+71% e +90% a/a e t/t). Após a entrada em operação do campo ODP4, incrementando a produção em quase 15 mil BOE/D, a produção deste campo quase dobrou, o que justificava tal evolução. Por um outro lado, o cluster Polvo e TBMT chama a atenção pela queda de 3% t/t, produzindo cerca de 17,2 mil BOE/D. Embora seja ainda um incremento de 22% a/a, observaremos a performance deste ao longo dos próximos resultados, visto que o cluster pode ter atingido seu pico de produção. Por fim, comentando sobre os Campos Wahoo e Albacora Leste, o primeiro ainda se encontra em fase pré-operacional, com previsão para 2024, quando a empresa já avança em seu plano de desenvolvimento. O segundo, por sua vez, tem seus avanços no processo de aquisição e nossa expectativa é de que a Prio passa a ter sua titularidade entre 4T22 e o 1T23.
Custo de extração é ponto positivo do trimestre. Com o menor custo de extração registrado pela empresa, sendo a sétima queda consecutiva, o patamar apresentado foi de US$ 9,5, queda de 22,6% a/a e 14,7% t/t. O principal fator é o incremento da produção do Campo Frade, que avançou em seu processo de revitalização, impulsionando a produção e impactando no custo médio por barril.
Evolução dos resultados operacionais. Embora o preço de venda tenha regredido cerca de 13% t/t, há um incremento de 26,8% a/a, com um desconto de US$ 3 por barril versus o Brent médio do período. Com o preço ainda em elevado patamar e o incremento da produção mencionado, a receita liquida foi de US$ 378 mm no 3T22 (+110% a/a). Tais fatores levaram a um forte e recorde EBITDA de US$ 285 mm, alta de 160% a/a. O mesmo número ajustado, removendo outras receitas de despesas operacionais, totaliza em US$ 286 mm (+174% a/a). Por fim, o lucro líquido apresentando foi quase US$ 154 mm, incremento de +542% a/a.
Alavancagem. Embora a empresa tenha emitido cerca de US$ 370 mm em debêntures no 3T22, levando a um endividamento total de quase US$ 1,5 bi, ainda apresenta caixa líquido, cerca de US$ 255 mm, incremento de 34% t/t, muito em razão da boa performance operacional. O custo da dívida ainda se apresenta baixo, 5,8% a.a. com uma duration média de 3,4.
Avanços em ESG
- Não foi divulgado no release a entrada em índices ou prêmios relacionados à agenda ESG.
- Não foi divulgado no release iniciativas referentes à agenda ambiental.
- Em decorrência de seus projetos sociais, a empresa comunicou que ao longo do 3T22, em parceria com outros, capacitou cerca de 240 pessoas com treinamento voltados para trabalhos offshore.