2T abaixo, mas com boas perspectivas.
Os números da Prio neste 2T23 foram abaixo de nossas expectativas, com um EBITDA de US$ 333 mm (-10% versus Inter Research) e US$ 185 mm de lucro líquido (-12% Inter Research). Do lado positivo, a produção da empresa tem crescido vertiginosamente, tanto com a revitalização de Albacora, agora já ganhando maior tração, bem como os excelentes números de Frade. O custo de extração também é outro fator positivo, alcançando patamar mínimo de US$ 7,4 barril. Do lado negativo, os impostos com exportação, incorridos no período que não serão mais então praticados, afetaram o resultado, bem como uma elevação do SG&A, que deve ser diluído ao longo dos próximos períodos.
Todavia, matemos e reforçamos nossa recomendação de compra para Prio (PRIO3), com preço-alvo em R$ 55/ação, visando o final de 2024. Sob nossa cobertura, entendemos que é a melhor alternativa para se expor ao setor de O&G
Resultado Consolidado. A Prio entregou um EBITDA ajustado no 2T23 de US$ 333 mm, alta de 24% a/a, sendo cerca de 10% menor ante as nossas expectativas (R$ 1,89 bi Inter Research, dado um cambio médio de R$ 5,11). Fatores positivos como a alavancagem da produção e baixo custo de extração foram compensados em parte pelo imposto de exportação, vigorado no período, e queda do petróleo Brent. Já o lucro líquido foi reportado em US$ 185 mm alta de 32% a/a, e +12% versus nossas projeções.
Produção e custo de extração. Com recorde no trimestre, a produção do 2T23 foi de 91 mil barris dias, crescimento de 174% a/a e 49% t/t. O crescimento foi responsável tanto por Albacora, 22,7 mil barris com crescimento de 54%, e Frade com quase 51 mil barris dia, crescimento de 244% a/a. Em nossa opinião, estes resultados devem persistir com bom crescimento. Outro destaque positivo foi o custo de extração, de US$ 7,4 por barril, queda de 34% a/a, resultante do avanço na produção, bem como os processos de revitalização dos campos.
Vendas. As vendas do período totalizaram quase 7,2 mm de barris, incremento de 113% a/a, alavancado pela produção da empresa. O preço médio de venda foi de US$ 77,67 por barril, cerca de US$ 0,06 ante ao Brent médio do 2T23.