Expansão de lojas e SSS forte
A Panvel apresentou resultados fortes no 3T22, em linha com as nossas expectativas. A companhia divulgou aumento de vendas de 27% a/a, impulsionado pela consistência do canal digital somada à força das lojas físicas. O market share cresceu em todos os Estados de atuação, alcançando 12,0% na região Sul (+0,9 p.p. a/a e +0,1 p.p. t/t)). O foco estratégico no digital possibilitou resultados expressivos nas vendas do atacado e varejo. Já a marca própria da Panvel, de maior margem, perdeu relevância em relação à receita total, alcançando 6,5% das vendas (vs. 7,5% no 3T21). Temos visto uma aceleração da expansão, com +14 lojas t/t e +68 a/a, portanto acreditamos que a companhia deve cumprir o guidance de abertura de novas lojas (65 em 2022). Reforçamos nossa recomendação de compra para PNVL3 com preço alvo de R$ 19,00/ação.
A receita líquida reportada no 3T22 foi de R$ 1.017 mm (+26,7% a/a e +1,2% vs. Inter Research). A Panvel encerrou o trimestre com um crescimento de vendas nas mesmas lojas (SSS) de 19,1% a/a e crescimento de SSS em lojas maduras (MSSS) de 14,8% a/a. Em nossa visão, essa evolução é robusta, confirmada pelo crescimento da venda média por loja de +16,5% a/a (alcançando R$ 582 mil/mês) frente ao crescimento das Redes Abrafarma de 7,3% a/a.
Destacamos a relevância dos medicamentos de marca e genéricos no mix de produtos, com crescimento nominal de 29,7% (+1,0 p.p. no mix) e +51,6% a/a (+1,9 p.p. no mix), respectivamente. A categoria OTC também performou bem (+38,5% a/a e +1,5 p.p. no mix), com destaque para o crescimento do grupo de Gripes e Resfriados (+89,3% a/a). A categoria de Higiene e Beleza, mesmo com crescimento nominal de 17,3% a/a, perdeu 2,6 p.p. de participação no mix de produtos, devido ao crescimento expressivo dos medicamentos. Já os Serviços, bastante rentáveis para a companhia, recuaram 50,4% a/a (-1,8 p.p. no mix), tendo em vista a menor demanda por testes e vacinas de Covid-19. Esperamos que este ritmo de crescimento de receita se estenda para os próximos trimestres, fruto da concretização do plano de abertura de lojas somado ao reajuste de medicamentos de 10,9% que entrou em vigor em abril.
A companhia apresentou lucro bruto de R$ 315 mm (+30,3% a/a), representando 31,0% (+0,8 p.p. a/a) da receita líquida, em linha com nossas expectativas. O EBITDA foi de R$ 86 mm (+29,0% a/a e +1,4% vs. Inter Research) com margem de 8,5% (+0,1 p.p. a/a), ambos de acordo com o que esperávamos. Já o lucro líquido registrado no trimestre foi de R$ 18 mm (+16,6% a/a), também em linha com nossas projeções, com margem líquida de 1,8% (-0,2 p.p. a/a e +0,0 p.p. vs. Inter Research), impactado por maiores gastos com despesas financeiras.
A empresa apresentou geração de caixa operacional de R$ 93 mm no acumulado do ano (frente à R$ 27 mm no 9M21) e fluxo de caixa livre negativo de R$ 23 mm (vs. -R$ 111 mm no 9M21), refletindo os altos investimentos relacionados à expansão. A dívida líquida (considerando arrendamentos) da Panvel encerrou o trimestre em R$ 735 mm, com relação dívida líquida/EBITDA LTM de 2,4x (vs. 2,5x no 2T22), que em nossa visão, ainda oferece suporte para a continuidade do seu plano de expansão.
Avanços em ESG
- Não houve entrada em índices ou prêmios relacionados à ESG.
- A companhia concluiu a instalação de iluminação LED em 100% de suas lojas, reduzindo o impacto ambiental.
- Não houve destaques relacionados à agenda social.
- Não houve destaques relacionados à agenda de governança.