O pior já passou?
Nossa avaliação do resultado do 2T23 da Omega é de um trimestre neutro, com resultados operacionais aquém. A produção de energia e o lucro bruto foram abaixo das expectativas, devido a menor incidência de recursos eólicos. Apesar disso, acreditamos que a Omega é uma boa opção de investimentos por estar quase totalmente contratada até 2030 o que a deixa protegida dos preços mais baixos de energia atualmente. Além disso, a chegada do El Niño deve trazer melhores ventos para o Nordeste no segundo semestre do ano e também em 2024. Por isso, mantemos nossa recomendação de compra para Omega (MEGA3), com preço alvo em 14/ação, visando o final de 2024.
Geração de energia. A produção de energia no 2T23 foi reportada em 1.659 GWh, evolução de +31% com a entrada em operação dos projetos Assuruá 4, Ventos da Bahia 3 e ramp-up de Assuruá 5. Todavia, os números foram abaixo do guidance da empresa em 15% para o trimestre devido a menor incidência de recursos nos complexos eólicos. O destaque negativo ficou para Chuí, queda de 21% a/a.
Resultados operacionais. A Omega reportou no 2T23 um EBITDA de ajustado as suas participações de R$ 290 mm, elevação de 23% a/a e de 2% t/t. A alta anual é devido a incorporação de ativos ao longo do período. Por fim, a Omega reportou um prejuízo de R$ 101 mm no 2T23, melhora de 9% a/a. Este resultado negativo é devido principalmente ao resultado financeiro que foi de R$ 201 mm negativos (+21% a/a).
Endividamento. A Dívida Líquida Ajustada atingiu R$ 8.961,9 milhões, 40% acima do 2T22 e 9% do 1T23, aumento em grande parte pelo levantamento de dívida para financiar o projeto Goodnight 1 nos Texas. O indicador Dívida Líquida/EBITDA ficou em 6,8x contra 6,6x no 1T23.