Renda Variável


Movida | Resultados 4T22

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Diego Bellico

Publicado 07/mar5 min de leitura

Juros, depreciação e normalização de Seminovos seguem pressionando margens. A Movida fechou o trimestre com a receita líquida de R$2.710 (+3% R/E, +4% t/t e +56% a/a), entretanto a redução das margens pressionou o resultado. Com o processo de normalização de Seminovos e menor lucratividade no RAC e GTF, o EBITDA ficou em R$858 milhões (-5% R/E, -7% t/t e -23% a/a). A dinâmica de depreciação continuou aumentando esse trimestre, enquanto o serviço da dívida seguiu impactando negativamente o bottom line, o que levou a companhia a apresentar R$18 milhões de lucro líquido (-44% R/E, -81% t/t e -97% a/a). Colocamos em revisão a tese de Movida (MOVI3), enquanto atualizamos nosso modelo com cenário macroeconômico mais desafiador e deterioração da rentabilidade.

Evolução do ticket médio e volume não compensou perda de margens. No RAC e GTF, a Movida apresentou receita líquida de R$788 milhões (+2% R/E, +8% t/t e +41% a/a) e R$518 milhões (+0% R/E, +10% t/t e +39% a/a) respectivamente, top line impulsionado por maior tarifa e número de diárias em ambos os segmentos. Todavia, a deterioração das margens levou a um EBITDA de R$417 milhões (-11% R/E, 19% t/t e +25% a/a) parao Rent-a-Car e R$336 milhões (-8% R/E, +2% t/t e +28% a/a) para a Gestão e Terceirização de Frotas. Ainda, no Seminovos, a normalização da rentabilidade continuou ocorrendo e o segmento apresentou R$1.404 milhões de receita líquida (+4% R/E, +0% t/t e +74% a/a) e R$106 milhões de EBITDA (+51% R/E, -22% t/t e -80% a/a).

Desalavancagem para 2,8x dívida líquida/EBITDA é destaque positivo. Apesar do crescimento da frota para 223.984 veículos (+8,1% t/t e +19,8% a/a), a Movida conseguiu reduzir sua alavancagem no trimestre para 2,8x dívida líquida/EBITDA (vs 3,1x 3T22). Reflexo do recebimento de R$774 milhões em venda de recebíveis e redução do preço médio dos carros comprados. Nesse trimestre, a mudança no mix de frota já começou a contribuir com uma dinâmica positiva de fluxo de caixa na renovação do RAC, de forma que o preço médio do carro vendido foi superior ao do comprado.

Para os próximos períodos devemos seguir acompanhando a evolução da alavancagem, ticket médio da frota mais básica no RAC e níveis de rentabilidade dos 3 segmentos de negócio.

Avanços em ESG

  • Quarto ano consecutivo na carteira ISE da B3;
  • Integrante do Índice de Carbono Eficiente da B3 ICO2 B3;
  • Sem avanços relevantes no trimestre;
  • Sem avanços relevantes no trimestre;
  • Sem avanços relevantes no trimestre.

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