Bons números operacionais no RAC e GTF, mas forte depreciação e normalização dos Seminovos mais rápida que o esperado atingem a última linha do resultado. A Movida apresentou receita líquida de R$2.616 milhões (+0% R/E, +13 % t/t e +66% a/a) em linha com nossas expectativas. O aluguel de veículos seguiu apresentando sólida lucratividade, todavia o EBITDA de R$925 milhões (-5% R/E, +2 % t/t e +51% a/a) foi negativamente impactado pela normalização da margem de Seminovos. Ainda, a elevação da depreciação do RAC também impactou o EBIT e lucro líquido, de modo que a Movida entregou nessas linhas R$625 (-10% R/E, -6% t/t e +24% a/a) e R$94 milhões (-22% R/E, -50% t/t, -64%) respectivamente. As despesas financeiras seguiram se elevando no trimestre devido as maiores taxas de juros e a alavancagem da companhia alcançou 3,1x dívida líquida/Ebitda (Vs 3,0x 2T22). Para os próximos períodos enxergamos os resultados da Movida ganhando momentum, com continuidade dos bons resultados operacionais e pressões do ciclo de juros e normalização de Seminovos chegando ao fim. Apesar de projetarmos ritmo de crescimento mais moderado nos próximos anos, haja vista menor espaço no balanço, vemos a Movida sendo negociada a valuation atrativo. Dessa forma, reiteramos nossa recomendação de compra para MOVI3 com preço alvo em R$25,00/ação para o final de 2023.
Atualizamos recentemente nossas estimativas e preço alvo da companhia, confira o relatório completo aqui.
No Rent-a-Car tarifa recorde e mudança no mix de veículos são destaque. O segmento de Rent-a-Car apresentou receita líquida de R$732 milhões (-1% R/E, + 15% t/t e +65% a/a) e EBITDA de R$458 milhões (+% R/E, + 19% t/t e +96% a/a), números positivamente impactado pela manutenção de sólidas margens e evolução da diária para R$139,2 (+10,3% t/t e +44,2% a/a). O ticket médio recorde é resultado da frota mais cara adquirida nos trimestres anteriores e sazonalidade da alta temporada de julho. Vale destacar que a companhia passa a adquirir mix menos premium nesse trimestre, e o preço médio dos veículos adquiridos caiu de R$95.038,00 para R$78.605,00. Acreditamos que esse novo ciclo de capex em momento de alto ticket médio dos seminovos vendidos deve contribuir com melhor fluxo de caixa e manutenção da disciplina financeira. Ademais, deve e tornar mais fácil manter o yield e rentabilidade do modelo de negócios.
GTF mantém sua resiliente trajetória de crescimento. Com elevação do ticket médio mensal e volume de novos contratos a Gestão e Terceirização de Frotas seguiu sua resiliente trajetória de crescimento. O segmento apresentou receita líquida de R$473 milhões (-3% R/E, +7% t/t e +65% a/a) e EBITDA de $331 milhões (-4% R/E, +5% t/t e +72% a/a), em linha com nossas expectativas.
Normalização da margem de Seminovos mais rápida que o esperado. No 3T22, a Movida seguiu a tendência de normalização da margem de Seminovos para os níveis recorrente, entretanto esse processo se deu mais rápido que o esperado. A receita líquida do segmento foi de R$1.410 milhões (+1% R/E, +15% t/t e +67% a/a), com 20 mil veículos vendidos e ticket médio de R$70,7 mil, em linha com nossa projeção. Já o EBITDA foi de R$136 milhões (-22% R/E, -34% t/t e -27% a/a), bem abaixo de nossas expectativas.
Para os próximos períodos devemos seguir monitorando a alavancagem, a desmobilização da frota mais cara adquirida a partir do 3T21 e a rentabilidade dos segmentos de locação.