Bons resultados operacionais e sólida rentabilidade. A Movida entregou, no segundo trimestre desse ano, receita líquida de R$ 2.308 mm (+2% R/E, +17% t/t e +90% a/a), EBITDA de R$ 905 mm (+2% R/E, +5% t/t e +113% a/a) e lucro operacional de R$ 664 mm (+3% R/E, +2% t/t e +111% a/a). Surpresas positivas no volume do RAC e tarifa do GTF contribuíram com números ligeiramente acima das nossas projeções. No bottom line, como esperado, os resultados foram negativamente impactados pela elevação do serviço da dívida, de modo que a companhia apresentou R$ 187 mm de lucro líquido (+9% R/E, -32% t/t e +7% a/a). Os níveis de rentabilidade seguem superando o histórico, com ROIC UDM de 17,1% (+0,7p.p. t/t e +5,7p.p. a/a) e ROE UDM de 36,2% (+1,6 p.p. t/t e +16,9p.p. a/a) sendo favorecidos pelas ainda elevadas margens de seminovos. Esperamos que a Movida continue apresentando sólida rentabilidade e relevante crescimento, em especial no segmento de GTF e carro por assinatura. O que somado ao valuation atrativo de suas ações sustentam nossa recomendação de compra para o papel, com preço-alvo de R$ 23/ação para o final de 2022.
Volume de diárias do RAC surpreendem. Apesar do segundo trimestre ser sazonalmente mais fraco, a Movida conseguiu entregar surpreendentes 5.677 mil diárias, 8,7% a mais que o 1T22 e recorde da série histórica. Reflexo do incremento de frota e melhora da taxa de ocupação que saiu de 76% para 79%. Ainda, o ticket médio se manteve próximo ao elevado patamar do 1T22, refletindo a aquecida demanda e levando a receita líquida do RAC para R$ 638 mm (+3% R/E, +3% t/t e +173% a/a). Todavia, os maiores custos associados a ampliação da frota impactaram a margem e mitigaram os efeitos no EBITDA do Rent-a-Car, que chegou a R$384 mm (+3% R/E, +3% t/t e +173% a/a).
Maiores yields no GTF. Como esperávamos, a Gestão e Terceirização de Frotas seguiu crescendo de forma resiliente nesse trimestre, mas com surpresa positiva no ticket médio contribuindo com resultados ligeiramente acima de nossas expectativas. O segmento apresentou R$ 441 mm de receita líquida (+3% R/E, +11% t/t e +125% a/a) e R$ 315 mm de EBITDA (+4% R/E, +11% t/t e +147% a/a).
Redução de margem compensada por volume de frota vendida. Como esperado, a margem de seminovos seguiu em trajetória de normalização, a medida em que a evolução do preço dos veículos usados arrefeceu. Por outro lado, a expansão da frota contribuiu com volume recorde de veículos vendidos e o EBITDA de Seminovos ficou flat quando comparado com 1T22. O segmento finalizou o período com R$ 1.229 mm de receita líquida (-2% R/E, +26% t/t e +82% a/a) e R$ 205 mm de EBITDA (-3% R/E, +0% t/t e +71% a/a).
Frota segue se expandindo e alavancagem permanece estável. Com Adição de 15 mil carros no trimestre (11.000 no GTF e 4.000 no RAC), a Movida finalizou o período com 207 mil carros (100.000 no RAC Ee107.000 no GTF). Apesar do crescimento, a companhia mantém sua disciplina financeira e a alavancagem no final do período permaneceu estável em 3,0x dívida líquida/EBITDA.
No campo de avanços ESG, a companhia recebeu pela revista Exame o prêmio de “Melhores do ESG 2022” na categoria Transporte.