Como esperado, a JSL apresentou robusto resultado com sólidas margens e crescimento em ambas as linhas de negócio: Asset Light e Asset Heavy. A receita líquida do trimestre ficou em R$1.625 milhões (+0% R/E, +13% t/t e +38% a/a) e o lucro operacional (EBIT) em R$222 milhões (+2% R/E, +24% t/t e +63% a/a). Por outro lado, as despesas financeiras seguem pesando haja vista a elevação da taxa SELIC, de modo que a companhia entregou lucro líquido de R$37 milhões (+2% R/E, +22% t/t e -55% a/a). Vale destacar que a última linha foi negativamente impactada pelo one-off de R$4,8 milhões (já líquidos de IR) referentes a amortização de Mais-Valia (Goodwill) das aquisições realizadas. Esperamos que a companhia siga ganhando participação no setor via crescimento orgânico e inorgânico e reiteramos nossa recomendação de compra para JSLG3 com preço alvo em R$9,50/ação para o final de 2023.
Atualizamos recentemente nossas estimativas e preço alvo da companhia, confira o relatório completo aqui.
Redução da alavancagem e maior guidance de capex. A JSL reduziu sua alavancagem de 3,4x dívida líquida/EBITDA para 3,2x, bem como mudou o guidance de capex líquido de R$400-700 milhões para R$1.100-1.200 milhões para 2022. Gostamos do movimento, uma vez que se sustentando a disciplina financeira e os investimentos com TIR atrativa, não vemos o porquê se prender ao guidance. Ainda, a companhia fechou R$ 590 milhões de novos contratos no trimestre, sendo 93% advindos de cross-sell e 50% no setor de Alimentos e Bebidas, finalizando setembro com R$2,7 bilhões de novos contratos.
No Asset Light, a retomada do setor Automotivo impulsionou junto com o segmento de Alimentos e Bebidas os resultados do trimestre. A linha de negócio apresentou R$866 milhões de receita líquida (-3% R/E, +13% t/t e +35% a/a) e EBITDA de R$134 milhões (-6% R/E, +15% t/t e +48% a/a). As sólidas margens operacionais refletem a capacidade da companhia de repassar nos preços em meio a pressão de custos.
Já no Asset Heavy, as Operações Dedicadas seguiram se beneficiando do repasse de custos vias fórmulas paramétricas e gatilhos contratuais, enquanto os setores de Papel e Celulose, Siderurgia e Mineração e Alimentos e Bebidas apresentaram relevantes contribuições. A linha de negócio apresentou R$759 milhões de receita líquida (+3% R/E, +13% t/t e +41% a/a) e R$165 milhões de EBITDA (+5% R/E, +22% t/t e +53% a/a).
Para os próximos resultados devemos seguir monitorando as margens da companhia e execução do crescimento orgânico e inorgânico.
Avanços em ESG
- Prêmio de melhor prestador de serviços pela Klabin;
- Prêmio de melhor operador logístico (através da TPC) pela Natura & co;
- Conquista, pelo terceiro trimestre consecutivo, o Selo Ouro no Programa Brasileiro GHG Protocol;
- 1.500 dias sem acidentes na operação da ATVOS (Alto Taquari/MT);
- Lançamento da segunda edição do Mulheres na Direção, um dos programas de valorização de pessoas que busca a formação de mulheres através de treinamentos práticos e teóricos.