Crescimento, rentabilidade e desalavancagem.
Bom desempenho operacional e crédito fiscal compensam custos não recorrentes. Apesar do último trimestre ser sazonalmente mais fraco, a JSL apresentou receita líquida de R$1.662 (+1% R/E,+ 2% t/t e +25% a/a), impulsionada pela reprecificação de contratos e implantação de novos projetos. Adicionalmente, incremento de margens operacionais foram protagonizadas por ganho de eficiência no custo com pessoal e serviço de terceiros, levando o EBITDA para R$311 milhões (-3% R/E,+ 4% t/t e +41% a/a). Vale destacar que o fim da operação de armazenagem de Pavuna-RJ gerou R$8,5 milhões de provisão de desmobilização, de modo que o EBITDA ajustado pelo one-off seria de R$319 milhões, em linha com nossas expectativas. Por fim, na última linha, os créditos fiscais diferidos contribuíram para lucro líquido de R$94 milhões (+73% R/E,+151 % t/t e +73% a/a), acima do consenso de mercado.
Bom nível de rentabilidade. A JSL fechou o trimestre com ROIC 20,3% (vs 13,7% 3T22). Ajustando a alíquota de IR ao nível recorrente de 22% e normalizando o EBIT pela amortização de mais valia de aquisições e one-offs relacionados ao fim da operação de armazenagem de Pavuna-RJ, chega-se ao ROIC running rate de15,1%.
Crescimento equilibrado em ambos os segmentos de negócio. No Asset Light, a companhia apresentou receita líquida de R$880,4 milhões (+2% t/t e +22% a/a) e EBITDA de R$151,4 milhões (+13% t/t e +28% a/a), enquanto no Asset Heavy a receita líquida foi de R$782,1 milhões (+30% t/t e +3% a/a) e EBITDA de R$159,3 milhões (+57% t/t e -4% a/a). Na comparação anual, a linha de Operações Dedicadas vem sendo impulsionada por maiores volumes nos setores de celulose, mineração e operações de intra-logística. Já o Transporte de Carga foi positivamente impactado pela inflação, aumento de capacidade da Marvel e implantação de novos projetos no setor automotivo, enquanto Armazenagem se beneficiou de novos contratos fechados e expansão da TPC. Por fim, em Distribuição Urbana, o fim de uma operação relevante de um cliente da Fadel foi compensado pelo início do contrato da África do Sul e festividades de fim de ano, incluindo, excepcionalmente, a copa do mundo.
Expansão de novos contratos. A JSL fechou no 4T22 R$3,3 bilhões em novos contratos com prazo médio de 55 meses, batendo assim o recorde anual de R$6 bilhões. Destaque para o novo contrato de R$1,4 bilhão fechado com uma empresa de papel e celulose, no qual a JSL será a principal provedora de movimentação e transporte de madeira. Dos números do trimestre, 95% são advindos de cross-selling, o que evidencia a capacidade de execução da companhia e está alinhada com a estratégia de ganho de market share por meio do incremento do share of wallet.
Redução da alavancagem. Apesar dos novos contratos fechados e investimentos realizados, a JSL reduziu as razões de dívida líquida/EBITDA e dívida líquida/EBITDA-A para 3,17x (vs 3,25x 3T22) e 2,73x (vs 2,83x 3T22) respectivamente. Vale destacar que quase 2/3 (61%) do capex realizado no trimestre ainda não virou EBITDA e o runnig rate da alavancagem é ainda menor.
Avanços em ESG
- Reconhecimento pelas melhores práticas de segurança em nossas operações Cummins de Guarulhos/SP;
- Dois reconhecimentos recebidos pela Rodomeu no prêmio GLP de Inovação e Tecnologia 2022.
- Melhoria na avaliação da CDP (Carbon Disclosure Project) para ‘B’;
- Reconhecimento pelas melhores práticas de segurança em nossas operações Cummins de Guarulhos/SP;
- Lançamento da trilha de aprendizagem Líder de Alta Performance;
- 3ª edição do programa Mulheres na Direção;
- Continuidade no Programa Você Quer? Você Pode!