Sinistralidade segue como principal vilã
A Hapvida apresentou resultados ruins no 4T22, com sinistralidade e rentabilidade abaixo de nossas expectativas. O resultado foi impactado principalmente por: (i) adições líquidas de 103 mil beneficiários de saúde (esperávamos +150 mil); (ii) sinistralidade caixa muito alta, mesmo com os efeitos historicamente positivos da sazonalidade do 4T; (iii) efeito não recorrente de +R$ 87 mm, proveniente de um ressarcimento de despesas pela aquisição da Premium Saúde; e (iv) despesas financeiras prejudicando o bottom-line, devido ao alto endividamento no atual contexto de juros, com DL/EBITDA LTM (considerando arrendamentos) de 4,0x em 2022.
Em nossa visão, o cenário de curto prazo deve seguir bastante desafiador, com desaceleração do crescimento marginal de beneficiários e sinistralidade ainda muito acima dos patamares históricos. Porém, a companhia está bem-posicionada para continuar sendo protagonista na tendência de consolidação do setor, e deve sofrer menos pressão das adquiridas ao longo do ano devido ao andamento dos processos de integração. Portanto, reiteramos nossa recomendação de compra para Hapvida (HAPV3) com preço-alvo de R$ 7,60/ação.