Tanque meio cheio ou meio vazio?
Receita Líquida: A Estapar apresentou evolução nos principais segmentos em ritmo dentro do esperado, com destaque positivo para o segmento off-street, que apresentou números mais fortes de crescimento. Com isso, a companhia totalizou uma receita líquida total de R$ 274 mm (-3% R/E).
Nesse sentido, vale destacar que a companhia vem mudando o seu mix de receita, dando foco para o segmento de alugadas e administradas que dependem de menor queima de caixa bem como a evolução e maturação da Zona Azul, seguindo a tendência de concessões consideradas asset light.
Margens operacionais: Diante de uma receita e custos dos serviços prestados dentro do projetado, a Estapar entregou um resultado bruto sem grandes surpresas, no montante de R$ 56 mm (-7% R/E e +22% a/a) com margem bruta de 19%.
Nas despesas SG&A, a companhia demonstrou uma evolução conforme a inflação, se mostrando positiva com a entrega abaixo da média histórica, resultando em um EBITDA de R$ 49mm (-9%R/E) diante do menor incremento na linha de outras receitas/despesas.
Com um custo da dívida maior que o esperado, a companhia reportou um resultado financeiro negativo de R$ 62 mm (+13% R/E). Sendo assim, a Estapar totalizou um resultado líquido negativo de R$ 70 mm (+10% R/E) com margem líquida de -24 concomitante a um FFO negativo de R$ 12 mm.
Fluxo de Caixa e Alavancagem: Por fim, a companhia gerou no 3T22 um fluxo de caixa operacional de R$ 63,2 mm, com dispêndios de i) R$ 20,2 mm em Capex e ii) R$ 29,3 mm em pagamento de juros e iii) R$ 52,5 mm captação líquidas de amortização. Vale ressaltar que a companhia conseguiu rolar R$ 363,8 mm para o longo prazo.
Sendo assim, a companhia reportou uma evolução no seu nível de alavancagem, em virtude da evolução marginal observada no EBITDA junto com a estabilidade da dívida. No entanto, a companhia permanece com uma alta relação Dívida líquida/ EBITDA de 5,5x.