Fortes resultados operacionais
A Equatorial divulgou, nesta quarta-feira (29), um bom desempenho no 4T22. As recentes aquisições e expansões de portfólio levaram a companhia a registrar um forte resultado operacional. O EBITDA ajustado foi de R$ 1,9 bi no 4T22 (+4% vs Inter Research), um crescimento de 37% a/a. A consolidação da aquisição da CELG-D é destaque no trimestre, com a distribuidora sendo a maior aquisição já feita pela companhia. Acreditando no potencial da empresa e na sua habilidade de executar processos de “turn-around”, mantemos nossa recomendação de Compra para o papel com nosso preço-alvo de R$ 33/ação visando o final de 2023.
Distribuição. No período, a empresa atingiu um volume distribuído de 9.141 GWh (+4,9% a/a). As perdas também apresentaram diminuição de 1,6 p.p. em 22% nos últimos 12 meses. No consolidado das distribuidoras, a margem bruta ex-VNR teve aumento de 19% em relação ao 4T21, devido a menores custos de energia, redução de perdas e expansão de volume.
Geração. O volume bruto de energia gerado foi de 1.357 GWh (+4% a/a). Apesar de uma menor disponibilidade de recursos eólicos no período, o crescimento se deu em razão a entrada operacional do complexo Serra do Mel 2. O EBITDA da Echoenergia foi de R$ 194 mm (0,3% a/a).
Receita operacional líquida. Excluindo receitas de construção, a receita operacional líquida da Equatorial foi de R$ 6,1 bi (-12% a/a). Essa redução é um reflexo da queda de receita no segmento de distribuição, em resposta a redução na atualização de seu ativo financeiro, menor receita de bandeira tarifária, porém parcialmente amenizada pela entrada em operação dos segmentos de renováveis e saneamento.
Custos totais e despesas. O valor consolidado PMSO do período foi de R$ 852 mm, 20% superior ao valor do 4T21, devido a consolidação da Echoenergia, CSA e aumento nos serviços de terceiros. Com relação aos custos e despesas não administráveis, destaca-se a redução de 29% a/a no custo de energia e transporte.
Resultado operacional. A Equatorial reportou um EBITDA ajustado de R$ 2,3 bi no 4T22 (+4% vs Inter Research e +37% a/a). O aumento deve-se aos efeitos positivos dos novos ativos consolidados ao longo de 2022 e a melhoria de performance na distribuição com expansão de mercado, efeito tarifa e combate às perdas, além dos processos de turnaround em andamento no Amapá e Rio Grande do Sul.
Endividamento líquido e investimentos. Ao final do trimestre, o endividamento bruto da companhia atingiu um valor consolidado de R$ 42 bi, um aumento de 60% em relação ao 4T21 quando o valor era de R$ 26,2 bi. Este aumento é reflexo das recentes expansões do grupo. A dívida líquida terminou o ano em R$ 32,8 bi aumento expressivo devido a consolidação da CELG-D que adicionou R$ 7 bi de dívida, contribuindo para a elevação da alavancagem. A relação dívida líquida/EBITDA de aumentou de 2,5x no 4T21 para 4,1x no final de 2022. Em março de 2023, ocorreu uma operação de emissão de ações PN no valor de R$ 2,1 bi. Ao considerar esse aumento de liquidez, a alavancagem reduz para 3,8x. No período, a Equatorial investiu R$ 1,7 bi (+77% a/a), refletindo os aportes feitos no segmento de distribuição e nas novas operações do grupo.
Avanços em ESG
- Selo Woman on Board, marcado pela presença de mulheres no Conselho de Administração da companhia.
- Grupo concluiu a elaboração de sua Políticas Ambiental, de Recursos Hídricos e de Resíduos Sólidos, que juntas irão direcionar o desempenho ambiental da companhia., visando enquadrar o seu sistema à norma ISO 14001.
- Foi formada a sua primeira turma de eletricistas 100% mulheres no estado do Pará, através de sua escola de eletricistas.
- Ingresso na carteira do índice Teva Mulheres Na Liderança (ETF ELAS11), incluindo companhias com participação relevante de mulheres em órgãos de liderança.