Forte resultado operacional
A Equatorial divulgou um bom desempenho no 2T23. Com o crescimento dos volumes faturados, reajustes tarifários, recentes aquisições, diminuição de PMSO ex-novos ativos e redução de perdas. O EBITDA ajustado foi de R$ 2,26 bi, um crescimento de 48% a/a. Acreditamos no potencial da empresa e na sua habilidade de alocação de capital e execução de processos de “turn-around”, por isso mantemos nossa recomendação de Compra para o papel, com preço-alvo de R$ 33/ação visando o final de 2023.
Desempenho operacional. No período, a empresa atingiu um volume distribuído de 13.071 GWh (+6,8% a/a) incluindo a incorporação da CELG-D. As perdas apresentaram diminuição de 1,4 p.p. para 18,6% nos últimos 12 meses. Os indicadores DEC e FEC tiveram redução em todas as concessões já consolidadas e esse processo está e andamento nas aquisições mais recentes. No segmento de geração, o volume bruto de energia gerado foi de 896 GWh (+6% a/a), com maior disponibilidade de recursos eólicos no período e velocidade dos ventos 2% superior ao segundo trimestre do ano anterior.
Resultado consolidado. A Equatorial reportou um EBITDA ajustado de R$ 2,26 bi no trimestre (+48% a/a). O aumento deve-se aos efeitos positivos dos novos ativos consolidados e a melhoria de performance na distribuição com expansão de mercado, efeito tarifa e combate às perdas. O EBITDA ex-novos ativos foi de R$ 2,06 bi (+35% a/a). O valor consolidado do PMSO do período foi de R$ 1,05 bi, 36% superior ao 2T22, devido a consolidação da Equatorial Goiás. Sem considerar os novos ativos, o PMSO teve redução de 3,4%, um ótimo resultado. O resultado financeiro ajustado teve uma alta de 12% para R$ 854 mm negativos contra R$ 727 mm no 2T22 principalmente em decorrência da adição de R$ 9,9 bi de dívida com a aquisição da CELG. O lucro líquido ajustado foi de R$ 227 mm, avanço de 49% a/a.
Endividamento e investimentos. Ao final do trimestre, o endividamento bruto da companhia atingiu um valor consolidado de R$ 44 bi. A relação dívida líquida/EBITDA aumentou de 3,0x no 2T22 para 3,8x no 2T23, mas com uma redução em relação ao 1T23 (3,9x). No período, a Equatorial investiu R$ 2,7 bi (+126% a/a), refletindo os aportes feitos nas novas operações do grupo e no segmento de distribuição em razão da proximidade das revisões tarifárias de várias concessionárias.