Renda Variável


Energias do Brasil | Resultado 1T23

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Rafael Winalda

Publicado 04/mai4 min de leitura

A despedida da bolsa?

A Energias do Brasil entregou bons números no primeiro trimestre do ano. O destaque positivo foram as distribuidoras, com avanço no número de clientes e no volume de energia entregue em São Paulo e Espírito Santo. O segmento de geração foi afetado pela renovação de contratos a preços mais baixos e a transmissão teve desempenho positivo com a entrada em operação de novos projetos. Com a Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA) em andamento, mantemos nossa recomendação de Neutro para Energias do Brasil (ENBR3), e recomendamos a aceitação da oferta pois a vemos como positiva dado o preço de R$ 23,73/ação.

Segmentos operacionais. O EBITDA Regulatório de Distribuição foi de R$ 416 mm, aumento de 1,2% a/a com (i) o reajuste tarifário da EDP SP (+10%) e (ii) evolução no volume de energia distribuída (+0,8% na EDP SP e +2,9% na EDP ES). No segmento de geração hídrica, destaca-se a queda de 16% no EBITDA devido a venda da UHE Mascarenhas no final de 2022, além da renovação de contratos a preços menores no mercado de curto prazo, com reservatórios cheios e cenário hidrológico mais favorável. A geração térmica em Pecém apresentou redução de 5,6% no EBITDA, em decorrência da marcação a mercado do estoque de carvão e consequente redução no valor recuperável. O segmento de transmissão apresentou EBITDA regulatório de R$ 188 mm, avanço de 161% a/a com a entrada em operação de projetos ao longo de 2022.

Resultado consolidado. O EBITDA recorrente da empresa ajustado pela (i) conversão do padrão IFRS para o regulatório no segmento de transmissão; e (ii) atualização do ativo financeiro (VNR) foi reportado em R$ 1,1 bi, crescimento de 6% a/a. Os custos PMSO recorrentes tiveram aumento de 10,6% a/a, com maiores gastos com pessoal decorrente de novos projetos e reajuste salarial, além maiores despesas com serviços de terceiros para combate a fraudes e inadimplência nas distribuidoras. Por fim, com uma piora do resultado financeiro (+17% a/a), o lucro líquido ajustado foi reportado em R$ 486 mm, queda de 7% em relação ao 1T22.


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