Eficiência na gestão de custos começa a dar resultado
A Copasa apresentou um desempenho positivo de suas atividades referente ao exercício do 3T22. A companhia registrou um crescimento de receita em conjunto com uma boa gestão de custos neste trimestre, fator que vinha penalizando os seus últimos resultados, quando colocada em comparação com seus pares. Entendemos que a empresa possa ter potencial de gerar bons resultados, conforme obtenha eficiência em sua gestão operacional, como foi reportado neste trimestre, em contrapartida com os seus resultados anteriores.
Mantemos a recomendação Neutra para o papel, com preço alvo para o final de 2022 de R$17/ação, mas reforçamos Copasa (CSMG3) como uma boa opção para uma carteira de dividendos, dado que esperamos o DY próximos a 10%.
Desempenho operacional. Em seu 3T22, a Copasa trabalhou com um número consolidado de 4,6 mm de ligações de água, e 3,1 milhões de ligações de esgoto, variações anuais respectivas de 1,0% e 2,0%. Reportando desta forma, um volume total distribuído de 267 mm de m3 de água (+0,6% a/a), e um volume medido de 110 mm de m3 de esgoto (+5,7% a/a).
Receita Líquida. Com a expansão de 5,6% em seu volume total faturado (a/a), a Copasa registrou uma receita operacional líquida no valor de R$ 1,37 bi, o que representa uma variação de 5,3% a/a. Esse valor foi reduzido, em partes, pelo efeito negativo de 1,52% causado pela 2a Revisão Tarifária da companhia, organizada pela Arsae-MG, em agosto de 2021.
Elevação de custos. Custos e despesas totais registraram um valor de R$ 835 mm, redução de 13,5% na comparação anual. A forte pressão de custos era um dos fatores que, ao nosso ver, vinha penalizando os seus últimos resultados, o que se torna um forte ponto positivo para este trimestre. Entre as principais reduções, temos a redução de 5% nos custos pessoais, por meio do Programa de Desligamento Voluntário da companhia, e da redução de 20% em custos de energia elétrica, através da redução do ICMS sobre o serviço de energia, vigente a partir de junho de 2022, e através da redução das bandeiras tarifárias, quando em comparação com o 3T21.
EBITDA e resultado. Com a expansão de suas operações, e a redução parcial de seus custos, a Copasa reportou um EBITDA ajustado de R$ 515 mm (+9,1% a/a). O EBITDA analisado foi o ajustado, excluindo fatores não-recorrentes que afetaram o resultado do 3T21. Desta forma, houve um ganho de 1,5 p.p. em sua margem EBITDA, que totalizou 36,3%. Foi divulgado um resultado financeiro de -R$ 32 mm, frente ao resultado do 3T21 de -R$ 90 mm. Com a soma destes fatores, o lucro líquido apresentado no 3T22 foi de R$ 227 mm (+1289% vs a/a).
Endividamento. O endividamento bruto apresentado pela empresa foi de R$ 3,54 bi, seguido por uma dívida líquida de R$ 3,14 bi, variações respectivas de -11% e +22%, a/a. Esta alteração reflete a movimentação de encurtamento no perfil de sua dívida, que hoje possui 26% em curto prazo, versus 18% no 3T21. A relação de Dívida Líquida / EBITDA da Copasa nos últimos 12 meses foi de 1,7x, contra 1,5x no 3T21.
Avanços em ESG
Não houve entrada em índices ou prêmios relacionados à agenda ESG.
Não houve iniciativa relevante na agenda ambiental.
Não houve iniciativas relevantes na agenda social.
Não houve iniciativas relevantes na agenda de governança.